A ascensão do tráfico de drogas no Equador devido ao envolvimento dos cartéis do México
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A ascensão do tráfico de drogas no Equador devido ao envolvimento dos cartéis do México
No Equador, nos últimos anos, tem havido um aumento no número de grupos ligados aos grandes cartéis mexicanos de drogas, como o Cartel de Sinaloa e o Cartel de Jalisco Nueva Generación. O Cartel de Sinaloa é considerado uma das maiores organizações criminosas do mundo e tem operado principalmente em Culiacán, no México.
Esses cartéis estão envolvidos no tráfico internacional de drogas, especialmente cocaína, e encontraram no Equador um ambiente propício para seus negócios. Um relatório da ONU revelou que eles dominaram regiões no país, especialmente aquelas com acesso ao mar.
A crise econômica enfrentada pelo Equador, causada pela queda no preço do petróleo, principal produto de exportação do país, tornou os jovens vulneráveis ao recrutamento pelo crime organizado. O desemprego e a deterioração das condições de vida facilitaram esse recrutamento. Como resultado, as autoridades aumentaram a repressão ao crime, o que levou a um crescimento significativo da população carcerária e ao surgimento de novas facções dentro das prisões.
Após o acordo de paz entre o governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) em 2016, os cartéis de drogas que dominavam cidades colombianas migraram para o Equador em busca de espaços para expandir seus negócios. O país apresentava brechas na segurança pública e uma localização geográfica estratégica, vizinho de grandes produtores de folha de coca, com acesso ao mar e ao Canal do Panamá.
A localização geográfica e as rotas de transporte favorecem o tráfico de drogas, atraindo não apenas os cartéis mexicanos, mas também grupos criminosos equatorianos e até mesmo a máfia albanesa. O Equador se tornou uma rota importante no comércio de drogas para a Europa e para os compradores norte-americanos.
Em resumo, o Equador tem enfrentado desafios significativos relacionados ao crescimento dos grupos ligados aos cartéis de drogas mexicanos. A crise econômica e o aumento do desemprego facilitaram o recrutamento de jovens pelo crime organizado, enquanto a posição geográfica do país e as brechas na segurança pública incentivaram a migração dos cartéis colombianos. É fundamental que as autoridades equatorianas intensifiquem os esforços para combater o tráfico de drogas e desmantelar essas organizações criminosas.
De acordo com um relatório da UNODC, o tráfico de drogas no Equador ocorre principalmente através dos portos, onde substâncias como o crack são escondidas em contêineres com frutas, como bananas. Essa atividade ilegal tem contribuído para o aumento da criminalidade e violência nas cidades portuárias e litorâneas do país.
O ano de 2023 foi marcado por recordes negativos para o Equador, com mais de 7,8 mil homicídios e 220 toneladas de drogas apreendidas. Além disso, desde 2021, confrontos entre presidiários resultaram em mais de 460 mortes. A taxa de homicídios também cresceu significativamente nas ruas, aumentando quase 800% em cinco anos.
Além das questões de segurança, o país enfrenta problemas com o aumento da violência perpetrada por gangues de traficantes. Segundo o Observatório Equatoriano do Crime Organizado, aproximadamente 3.600 pessoas foram assassinadas no país este ano.
A crise de segurança do Equador também se manifestou durante as eleições de 2023, quando o candidato Fernando Villavicencio, jornalista investigativo, foi assassinado em Quito. O crime foi atribuído a um grupo criminoso ligado ao tráfico de drogas, levando a uma investigação contínua pela Promotoria do país.
A taxa de homicídios no Equador aumentou seis vezes em menos de uma década, colocando o país em destaque internacional e levantando preocupações sobre a segurança pública.
