A História por Trás do Movimento Naturista na Praia da Galheta em Florianópolis, um Debate Sobre o Nudismo na Cidade.

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A História por Trás do Movimento Naturista na Praia da Galheta em Florianópolis, um Debate Sobre o Nudismo na Cidade.
Uma praia em Florianópolis, conhecida como Galheta, tem sido um refúgio para os naturistas desde a década de 1970. O local isolado e bem preservado é considerado sagrado pela presidente da Associação Amigos da Galheta, Miriam Carvalho, que frequenta a praia desde os anos 1980 junto com o marido, o professor Affonso Alles.
Os praticantes do naturismo cuidam do espaço, realizando ações de limpeza da praia, manutenção da trilha e preservação da vegetação nativa. Segundo o ex-vereador Márcio de Souza, autor da lei municipal de 1997 que garantia o naturismo na praia, os adeptos da filosofia também são militantes ambientalistas.
O movimento naturista ganhou atenção na legislação após um incidente ocorrido em 1995, quando o marido de Miriam foi espancado na praia por pessoas intolerantes à prática. A agressão motivou a formação da associação e impulsionou a luta pelo reconhecimento legal do naturismo. Assim, foi criada a lei municipal que permitiu a prática de nudez opcional na Galheta.
O ex-vereador ressalta que a praia já era conhecida nacional e internacionalmente por ser um local propício para o naturismo antes mesmo da criação da lei. Ele destaca que a cidade já se beneficiava do turismo proporcionado pela praia.
Miriam Carvalho enfatiza que a Galheta ainda é reconhecida como uma praia naturista e possui história. Ela menciona o interesse de turistas estrangeiros, como uma alemã que fotografava flores nas dunas. A presidente da associação sempre lutou pela preservação da praia.
O Parque da Galheta, criado em 1990, não previa inicialmente o naturismo na praia. Somente em 1997, foi permitido legalmente. Em uma atualização posterior, a praia passou a ser denominada Monumento Natural Municipal da Galheta, com regras que proíbem churrasco, fogueiras e animais.
Recentemente, a prática de naturismo em uma praia foi revogada devido a uma interpretação da legislação. A associação de naturistas afirma que a lei de 2016 não proíbe explicitamente o naturismo na praia, citando a ausência de menção na proibição de diversas atividades do local.
Foi necessário a elaboração de um Plano de Manejo após a criação de um Monumento Natural Municipal em 2016. Este plano está em fase final e discute, entre outras coisas, a inclusão do naturismo na praia. A Fundação Municipal do Meio Ambiente está trabalhando em conjunto com a comunidade local para desenvolver o documento, que incluirá estudos de impacto e ações para promover a atividade das comunidades vizinhas. Ainda não há uma data definida para a conclusão do plano.
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