“Alice Braga brilha em nova série ‘Matéria Escura’ e discute sobre oportunidades para artistas brasileiros em Hollywood: juntos, somos mais fortes”
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“Alice Braga brilha em nova série ‘Matéria Escura’ e discute sobre oportunidades para artistas brasileiros em Hollywood: juntos, somos mais fortes”
Estrelando a série “Matéria Escura”, baseada no best seller de Blake Crouch, a atriz brasileira de 41 anos destaca a importância da representatividade na TV e no cinema dos EUA. Em entrevista, expressa seu entusiasmo em fazer parte desse movimento e apoiar novos talentos. Ela comenta sobre a transformação recente na indústria, citando outros artistas brasileiros envolvidos em projetos internacionais.
No enredo de nove episódios, a atriz atua ao lado de Joel Edgerton e Jennifer Connelly, explorando a ideia do multiverso. A adaptação é comandada pelo próprio autor do livro, o que é considerado algo raro em Hollywood. Ela destaca o aspecto humano e emocional da ficção científica de Crouch, que aborda questões universais como amor, arrependimento e escolhas.
A personagem de Braga enfrenta desafios que a levam a refletir sobre decisões e vida, despertando questionamentos sobre felicidade e propósito. A atriz vê o projeto como uma oportunidade de se conectar com o público ao debater temas universais e provocar reflexões. Além disso, destaca a ação presente na trama, tornando a experiência ainda mais desafiadora e emocionante.
Adaptar uma obra literária aclamada para a televisão ou cinema oferece uma vantagem única ao conectar-se com uma base de fãs já estabelecida. A transformação de um livro em um trabalho visual permite explorar novas perspectivas e expandir o universo original, possibilitando a criação de uma experiência mais ampla e envolvente para o público.
A presença do autor como showrunner em um projeto de adaptação desafia tanto a ele quanto aos demais criadores envolvidos. Esse cenário proporciona uma colaboração direta e íntima entre o criador original e a equipe de produção, resultando em um processo criativo único e mágico. Diferentemente da adaptação convencional, em que terceiros reinterpretam a obra, a presença do autor traz uma dimensão adicional à experiência do espectador, fortalecendo a ligação com os fãs e enriquecendo a narrativa.
Ao realizar adaptações de obras literárias, inevitáveis ajustes e acréscimos são necessários para adequar a história ao novo meio artístico. Essas modificações, como a exploração aprofundada de arcos de personagens secundários, trazem novas camadas à trama e enriquecem a narrativa visual. A interação entre o criador original, os fãs e a equipe de produção cria um equilíbrio que promete envolver o público de maneira única e significativa.
Ao reavaliar elementos da narrativa original e introduzir novos desenvolvimentos, a adaptação para as telas frequentemente oferece uma experiência enriquecida e expandida em relação ao material fonte. As mudanças realizadas no enredo e nos personagens agregam novas dimensões à história, convidando tanto os fãs fiéis quanto novos espectadores a explorar um universo conhecido de maneira renovada e estimulante.
No contexto da trama, a personagem descreve uma jornada emocional de auto-afirmação e busca pela felicidade interior, distanciando-se da dependência emocional de outros. O envolvimento criativo dos atores influenciou o rumo do enredo, alterando direções de personagens e motivando uma ação e reação narrativa.
Em um trecho descontraído, a atriz discute os mundos paralelos imaginários apresentados no enredo, compartilhando sua preferência por um ambiente idealizado, com igualdade, consciência ambiental e ausência de divergências políticas. O desejo por um mundo mais empático e justo é refletido tanto na série quanto na visão pessoal dos envolvidos.
Sobre a representatividade latino-americana na indústria audiovisual, a atriz destaca a importância da diversidade e inclusão, reconhecendo avanços na presença de vozes latinas e brasileiras. A luta por maior representatividade e oportunidades nos bastidores da produção é apreciada como uma evolução e um convite para a comunidade latina abraçar sua identidade e apoiar conteúdos regionais.
Um novo projeto trouxe uma grande alegria para Blake, que expressou sua felicidade ao ser escolhida para integrar o elenco. Em uma cena da série, ela teve a oportunidade de falar em português, trazendo uma representatividade íbero-americana para a produção. A atriz destacou a importância de interpretar personagens não estereotipados, fugindo de papéis como traficante, bandido ou doméstica, que costumam ser associados à cultura latina.
Blake reconheceu a transformação em andamento na indústria e celebrou a experiência de interpretar o papel de uma mulher poderosa em “A Rainha do Sul”. Ela destacou a relevância do programa, que por anos foi a única série com uma protagonista latina no horário nobre da televisão paga nos Estados Unidos, quebrando paradigmas e abrindo caminho para novas narrativas.
A atriz enfatizou a longa luta por representatividade na mídia, ressaltando o crescente interesse do público latino-americano por histórias autênticas e diversificadas. Blake destacou a presença de renomados diretores da região, como Fernando Meirelles, Alejandro González Iñárritu, Alfonso Cuarón, Diego Luna e Gael García Bernal, que vêm conquistando espaços de destaque e influência no cenário internacional.
Para Blake, fazer parte desse movimento é uma experiência enriquecedora, e ela se compromete a continuar apoiando e promovendo a diversidade na indústria, abrindo portas para novos talentos e contribuindo para a construção de um cenário mais inclusivo e representativo. A atriz ressaltou a importância de colaborar e unir esforços em prol de uma indústria mais diversa e igualitária.