Alta taxa de juros impulsiona preços de aluguel em seis capitais, aponta pesquisa
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Alta taxa de juros impulsiona preços de aluguel em seis capitais, aponta pesquisa
Um levantamento recente revelou que o mercado de aluguel está aquecido nas principais capitais brasileiras. No Rio de Janeiro, por exemplo, o bairro do Leblon ultrapassou a marca de R$ 100 por metro quadrado no custo de aluguel pela primeira vez. Em São Paulo, a Vila Olímpia se aproxima dos R$ 100.
No ano passado, todas as cidades registraram os maiores valores médios por metro quadrado para aluguel desde o início da pesquisa. São Paulo lidera a lista, com uma média de aproximadamente R$ 60. As outras capitais também tiveram altas significativas.
No entanto, apesar dessa tendência de aumento do preço dos aluguéis, o relatório indica uma mudança no ritmo da demanda. Metade das cidades apresentou alta acumulada em 2023 menor do que no ano anterior. Essa desaceleração traz um certo alívio para os inquilinos.
Uma das principais razões para essa mudança é a redução da taxa básica de juros, a Selic. Com juros mais baixos, mais pessoas optam por financiamentos, aumentando a oferta de imóveis para locação. No entanto, mesmo com essa desaceleração, espera-se que o mercado imobiliário continue aquecido em 2024.
O estudo também mostra que, desde a consolidação do trabalho híbrido, os imóveis maiores têm sido mais procurados para aluguel. Com a necessidade de espaços específicos para o trabalho em casa, apartamentos com dois e três dormitórios têm se valorizado mais do que os de apenas um dormitório.
Em São Paulo, por exemplo, os imóveis com um dormitório tiveram uma alta acumulada de 8,42% no último ano, enquanto os de dois e três dormitórios valorizaram 11,39% e 12,1%, respectivamente.
De acordo com dados recentes, a tendência de crescimento dos preços de imóveis de um quarto é mais fraca em cidades com menor oferta de novas unidades. Por exemplo, no Rio de Janeiro, os apartamentos de um quarto estão em alta, registrando um crescimento de 16,29% em comparação com 13,01% para unidades de dois quartos e 13,29% para unidades de três quartos.
Os números mostram que, em diversas cidades, os imóveis de um quarto têm experimentado um aumento mais expressivo nos preços. As variações apontam que, em determinadas áreas, a demanda por unidades menores tem sido maior do que por unidades maiores.
No entanto, é importante destacar que essa tendência não se aplica uniformemente em todas as cidades. Em algumas localidades, como aquelas com a oferta de novos imóveis mais apertada, os preços de unidades de um quarto têm registrado uma expansão mais tímida, em comparação com apartamentos maiores. Por exemplo, em cidades onde o mercado imobiliário é mais competitivo, os preços de unidades de um quarto apresentam um crescimento de 8,42%, em contraste com 11,39% para unidades de dois quartos e 12,1% para unidades de três quartos.
Além disso, outros dados demonstram variações nas taxas de crescimento dos preços por tipo de imóvel e localidade. Em uma determinada cidade, os preços de unidades de um quarto podem ter aumentado 24,44%, enquanto os de apartamentos de dois quartos registraram um aumento de 20,98%, e os de três quartos tiveram um crescimento de 16,85%. Já em outra cidade, os imóveis de um quarto aumentaram apenas 10,4%, enquanto unidades de dois quartos tiveram uma valorização de 9,64%, e as de três quartos subiram 10,67%.
Essas variações evidenciam a importância de analisar o contexto específico de cada mercado imobiliário. Obviamente, fatores como a oferta e a demanda de imóveis, o crescimento populacional e a localização geográfica podem influenciar significativamente os preços e as tendências do mercado.
Portanto, ao considerar a compra ou o investimento em imóveis, é fundamental realizar uma pesquisa detalhada sobre o mercado local, levando em conta não apenas o tipo e a localização do imóvel, mas também as perspectivas de crescimento, a oferta disponível e as características da demanda na região.
