Notícias | Animais exóticos resgatados em situação deplorável de embarcação clandestina no tráfico internacional

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Animais exóticos resgatados em situação deplorável de embarcação clandestina no tráfico internacional


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Animais exóticos resgatados em situação deplorável de embarcação clandestina no tráfico internacional

Um grupo de animais resgatados de uma situação desoladora em um veleiro que encalhou no oeste da África foi repatriado graças a uma cooperação internacional entre o Ibama, a Polícia Federal e outras instituições. Os resgatados incluíam oito micos-leões encontrados à beira da morte em gaiolas apertadas e cobertas de óleo de motor, além de araras em condições precárias.

Após o resgate, os animais foram temporariamente abrigados na residência oficial do embaixador brasileiro no local até que toda a documentação necessária fosse providenciada para levá-los de volta ao Brasil. A repatriação dos animais durou seis dias, levando as araras para um centro no litoral sul paulista e os micos-leões para o Rio de Janeiro, onde estão sendo reabilitados no Centro de Primatologia.

Os esforços de reabilitação incluem observar a possibilidade de os animais serem reintegrados à natureza depois de passarem por um período de quarentena. No Rio de Janeiro, os micos-leões estão vivendo em viveiros e demonstram sinais promissores de recuperação, conforme destacado pelos profissionais envolvidos.

Além dos resgates, um trabalho de cuidados intensivos foi realizado para proteger os ovos de araras apreendidos, que resultaram no nascimento de filhotes saudáveis após um processo meticuloso que envolveu alimentação e controle de ambiente.

O tempo necessário para recuperar os filhotes e prepará-los para a vida fora do ambiente controlado varia, mas os profissionais estão dedicados a garantir que esses animais possam crescer e se desenvolver adequadamente antes de serem considerados prontos para a reintrodução na natureza.

Um criadouro particular no interior de São Paulo foi alvo de uma operação que resultou na descoberta de 67 ovos não fertilizados, dos 120 inicialmente presentes. Os ovos restantes serão transferidos para o Paraná em breve, visando evitar o tráfico ilegal desses animais.

Destacando o alerta contra o comércio ilegal de animais, especialistas revelaram que a população de micos-leões-dourados atualmente alcança cerca de 4.800 exemplares. Desde a colonização portuguesa no Brasil, o tráfico desses primatas, frequentemente utilizados como animais de estimação, tem sido uma prática recorrente.

O mico-leão-dourado já esteve em sério risco de extinção nas décadas de 70 e 80, com estimativas apontando apenas 200 indivíduos remanescentes na natureza. Em relação às araras-azuis-de-lear, os pesquisadores indicam que hoje existem aproximadamente 2.500 exemplares, um aumento significativo em relação aos 60 animais contabilizados na década de 1970, quando o tráfico era um fator determinante na redução da população.

No Brasil, a caça e a captura de animais silvestres são puníveis com multas, porém, o tráfico ilegal continua sendo uma ameaça séria para espécies vulneráveis. A Freeland Brasil, em investigação contínua, destacou a importância de combater o tráfico internacional de animais, com mais de 140 mil animais apreendidos entre 2018 e 2022, juntamente com quase 900 ovos.

Apesar das conquistas em projetos de conservação que contribuíram para o aumento das populações de mico-leão-dourado e arara-azul-de-lear, o presidente do Ibama enfatizou a necessidade de esforços contínuos para proteger essas espécies da ameaça do tráfico ilegal e da possível reintrodução na lista de animais ameaçados de extinção.






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