Notícias | Ano de calor recorde empurra o planeta para o seu limite de segurança – um panorama esclarecedor

| Ano de calor recorde empurra o planeta para o seu limite de segurança – um panorama esclarecedor |

Ano de calor recorde empurra o planeta para o seu limite de segurança – um panorama esclarecedor


REPRODUÇÃO/DIVULGAÇÃO

Compartilhe:



Ano de calor recorde empurra o planeta para o seu limite de segurança – um panorama esclarecedor

O relatório do observatório europeu Copernicus aponta que o planeta está 1,48°C acima do nível pré-industrial, próximo do limite seguro de 1,5°C. O último ano teve uma média diária acima de 1°C, com picos de 2°C em novembro. Desde a era pré-industrial, as emissões de CO2 aumentaram mais de 50%, contribuindo para ondas de calor e agravamento da crise climática.

Cientistas alertam que o mundo está próximo de atingir cinco pontos de não retorno, como o colapso de corais em águas quentes, o degelo do permafrost e do gelo no Ártico e Antártida. Essas ameaças são consequências do aquecimento global e podem desencadear catástrofes ambientais irreversíveis. Um estudo financiado pelo Fundo Bezos Earth afirma que esses pontos representam uma ameaça sem precedentes à humanidade.

Um dos cinco sistemas em perigo são os corais de águas quentes. Os recifes de corais são ecossistemas sensíveis às mudanças climáticas e estão localizados em áreas onde a água é mais quente. O aumento da temperatura da água e a acidificação dos oceanos os tornam vulneráveis, resultando em eventos de branqueamento. Desde 2009, cerca de 14% dos recifes de coral já foram perdidos em todo o mundo.

Medidas práticas, como monitoramento eficaz por meio de tecnologias como drones e satélites, podem ajudar a salvar os corais no futuro.

A temperatura da água tem um impacto significativo na saúde dos corais. Para proteger esses ecossistemas, é crucial promover a cooperação entre cientistas e a comunidade. Isso inclui compartilhar informações sobre práticas sustentáveis de pesca, evitar a poluição e práticas prejudiciais ao ambiente marinho.

Além disso, é importante apoiar iniciativas existentes que trabalham no plantio de corais e na recuperação de recifes danificados. Esses projetos desempenham um papel fundamental na preservação desses ecossistemas vitais.

Uma estratégia eficaz é estabelecer áreas protegidas, onde a pesca é controlada. Essas áreas permitem a recuperação dos ecossistemas marinhos, garantindo a preservação dos corais e das espécies que dependem deles. Para que isso funcione, a comunidade científica precisa trabalhar em conjunto com a comunidade local, compartilhando informações e conhecimentos científicos.

A circulação do Atlântico Norte desempenha um papel importante no clima global. No entanto, o aquecimento global está causando mudanças significativas nessa circulação termohalina, que é movida pelas diferenças de temperatura e salinidade entre regiões equatoriais e polares. Essas mudanças têm impactos em diversas regiões do globo.

Estudos mostram que há uma desaceleração de 15% no sistema de correntes atlânticas desde meados do século 20. Isso afeta especialmente a corrente do Giro Subpolar do Atlântico Norte, perto das costas da Groenlândia e Labrador. Para impedir a paralisação desse sistema, é necessário reduzir as emissões de gases do efeito estufa e consequentes aumentos na temperatura do planeta.

O derretimento do manto de gelo da Groenlândia é uma consequência direta do aumento da temperatura. Isso causa um aumento no nível do mar e tem impactos significativos nas correntes atmosféricas e marinhas. O derretimento do gelo expõe rochas escuras, que absorvem mais calor do sol, exacerbando o problema.

Um ponto crítico é que o derretimento do manto de gelo da Groenlândia pode levar a uma mudança na Circulação Meridional Atlântica, uma corrente importante que fornece calor à Corrente do Golfo. Essa mudança pode intensificar o aquecimento e afetar ainda mais o clima global.

O fenômeno El Niño tem causado transformações no clima nos últimos meses. Em 2023, a Groenlândia registrou a perda de gelo pelo 27º ano consecutivo, com derretimento elevado em julho. Cientistas alertam para a possibilidade de chegarmos a um ponto de não retorno na região, onde o desaparecimento do manto de gelo se torna irreversível, o que teria implicações para o nível do mar e padrões climáticos globais.

Na Antártida Ocidental, também temos uma situação semelhante, com o menor registro de extensão do gelo marinho em julho de 2023 desde 1978. Isso é resultado do aquecimento global, que está aquecendo a água do oceano e derretendo o gelo. Os cientistas têm alertado sobre o derretimento acelerado da camada de gelo na Antártida Ocidental, impulsionado pelo aquecimento do Oceano Austral, especialmente na região do Mar de Amundsen.

O permafrost, um tipo de solo congelado encontrado em regiões muito frias, como o Ártico, também está apresentando problemas. O descongelamento desse solo, que armazena uma grande quantidade de carbono, pode causar a liberação de gases de efeito estufa, mudanças na hidrologia local e instabilidade do solo. Com o aquecimento global, as temperaturas do permafrost estão subindo mais rápido do que as do ar no Ártico, levando ao derretimento das camadas de permafrost. Um aumento de 3 graus Celsius nas temperaturas globais pode causar danos significativos à infraestrutura e aos ecossistemas únicos do mundo.

A redução global das emissões de gases de efeito estufa é uma das estratégias preventivas mais eficazes para limitar o aquecimento global e reduzir o descongelamento do permafrost. O aquecimento global não é um fenômeno natural e é necessário tomar medidas para combatê-lo.






Recomendamos


Churraclean

Churraclean

Redsilver

Redsilver

Outras Notícias





Mais Recentes