Apesar das enchentes, muitos residentes de cidades do Rio Grande do Sul afetadas optam por permanecer em suas residências
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Apesar das enchentes, muitos residentes de cidades do Rio Grande do Sul afetadas optam por permanecer em suas residências
Um dia comum em uma casa, num cenário bucólico de almoço ao som do rádio, esconde a realidade das enchentes que assolaram a região. Alguns moradores, como Lauro José da Silva, optaram por resistir às inundações, recusando-se a deixar suas casas mesmo com a água subindo lentamente. A luta pela resistência é compartilhada por muitos, que só sairão quando puderem caminhar livremente nas ruas.
Entramos na realidade de Josimar dos Reis, forçado a viver confinado, alimentando-se precariamente de pão e água, com apenas cadeiras como cama. A situação de confinamento, sem água e eletricidade, gera preocupação e vulnerabilidade, especialmente diante de potenciais roubos durante a crise.
Enquanto a maioria dos que ficam procuram proteger suas propriedades, Leonardo Azevedo tem um motivo incomum para permanecer: seus gatos, especialmente os filhotes desamparados. Com escassos recursos, a generosidade dos que passam é essencial para a sobrevivência dos moradores afetados pelas enchentes em São Leopoldo.
João, conhecido como “Velho do Rio”, é um exemplo de heroísmo ao navegar pelas águas inundadas para resgatar amigos e desconhecidos em situações de perigo. Seu sacrifício e esforço refletem o espírito de solidariedade que surge em momentos de crise como as enchentes que assolaram a região. Mais de 6 mil pessoas já foram resgatadas em São Leopoldo desde o início do desastre.
Enquanto observam barcos em vez de carros e rios ao invés de ruas, os moradores confinados enfrentam a monotonia e a angústia de lembrar de uma vida anterior, representada pelos carros que passavam e as luzes dos apartamentos distantes. A esperança e a fé surgem como pilares para recomeçar e reconstruir após a tragédia.
