Após 32 anos, homem injustamente detido finalmente é compensado: ‘Eu insistia em minha inocência e fui agredido’
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Após 32 anos, homem injustamente detido finalmente é compensado: ‘Eu insistia em minha inocência e fui agredido’
Um homem chamado Albino de Souza foi vítima de tortura em 1991, em Anápolis. Ele foi tratado com extrema violência em uma cela, sendo chutado, socado, eletrocutado e submetido a um pau-de-arara. Albino foi preso sem provas por supostamente estuprar e matar uma mulher.
Apesar de a prisão ter ocorrido em 18 de setembro, ele só foi liberado no dia 21, quando o verdadeiro culpado foi encontrado. Desde então, Albino lutou durante 18 anos nos tribunais para provar o erro do Estado. Em 2013, o Superior Tribunal de Justiça decidiu a favor de sua indenização, mas durante o período de espera, Albino e seus advogados perderam contato, iniciando uma longa busca para encontrá-lo.
Por 10 anos, os advogados Pedro Sérgio e Miguel Thiago vasculharam a cidade em busca de Albino. O homem, que passou por uma história de violência, começou a catar lixo para sobreviver e acabou perdendo seus documentos numa enchente. Ele vivia em situação de rua até ser acolhido em um canil em Caldas Novas.
Durante esses anos, as condutas dos policiais civis envolvidos na prisão injusta de Albino foram encaminhadas à Justiça, mas o caso prescreveu em 1997 e os réus nunca foram julgados, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública de Goiás.
Agora, Albino finalmente consegue tirar novos documentos e receber a indenização. Ele comprou uma nova casa com o dinheiro e sente que sua vida mudou com esse novo começo. Embora isso não possa apagar a injustiça que sofreu há 32 anos, oferece a ele a oportunidade de sonhar por uma vida nova em 2024.
