Notícias | As razões por trás dos transbordamentos dos rios no Rio de Janeiro: problemas de lixo, assoreamento, mudanças climáticas e falhas nas políticas públicas.

| As razões por trás dos transbordamentos dos rios no Rio de Janeiro: problemas de lixo, assoreamento, mudanças climáticas e falhas nas políticas públicas. |

As razões por trás dos transbordamentos dos rios no Rio de Janeiro: problemas de lixo, assoreamento, mudanças climáticas e falhas nas políticas públicas.


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As razões por trás dos transbordamentos dos rios no Rio de Janeiro: problemas de lixo, assoreamento, mudanças climáticas e falhas nas políticas públicas.

As intensas chuvas que atingiram o estado do RJ nos últimos dias causaram sérios problemas, com um número estimado de 600 desalojados e desabrigados em todo o estado, sendo 300 apenas em Nova Iguaçu.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES-RJ), Renato Lima do Espírito Santo, as áreas mais afetadas possuem características em comum, como ocupação irregular das margens de rios, grande densidade populacional, falta de políticas habitacionais, poluição, falta de coleta adequada de lixo, rios assoreados, falta de educação ambiental, baixo investimento em prevenção por parte do poder público e falta de planejamento integrado entre os diferentes níveis de governo.

Segundo Renato, os municípios não possuem uma política de resíduos sólidos que oriente a prevenção e operacionalização de processos para minimizar os impactos das enchentes. Além disso, a falta de educação ambiental contribui para o problema, pois é comum ver lixo sendo jogado nas ruas e sendo arrastado pelas chuvas para os corpos d’água. A ocupação desordenada das margens dos rios também é um fator negligenciado pelas prefeituras.

Para o especialista, é essencial que os gestores trabalhem em conjunto, unindo esforços e recursos para uma ação coletiva e eficiente na prevenção das enchentes. Ele destaca a importância de um planejamento integrado entre União, estados e municípios, especialmente nas áreas de drenagem e resíduos sólidos. Renato ressalta que não há uma solução isolada para esses problemas, mas a combinação de ações poderia minimizar as consequências.

O presidente da ABES também aponta fatores naturais, como a maré, como determinantes para a formação de grandes enchentes. Nas áreas da Baixada Fluminense, onde ocorreram os transbordamentos dos rios, a combinação de maré alta, grande volume de chuva e cidades localizadas abaixo do nível do mar resulta em grandes áreas de alagamento. O assoreamento nos rios da região agrava a situação, dificultando o escoamento da água.

Após o temporal, é fundamental que sejam tomadas medidas para prevenir futuras enchentes e reduzir os danos causados pelos desastres naturais. Isso inclui políticas habitacionais adequadas, coleta e descarte adequados de lixo, educação ambiental e um planejamento integrado entre os diferentes níveis de governo.

No domingo, ocorreram enchentes na região da Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro. O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) informou que as enchentes foram causadas pela maré alta que dificultou o escoamento dos rios da região.

Um dos rios na Baixada Fluminense está obstruído pelo lixo, o que contribui para piorar a situação. Além disso, a infraestrutura inadequada também foi apontada como um fator. Moradores reclamaram que em alguns pontos o alagamento aumentou mesmo após horas sem chuvas. As comportas não deram vazão suficiente à água devido ao aumento do nível do rio e ao mar também estar em nível alto.

O sistema de bombeamento para evitar enchentes na Baixada Fluminense está com problemas. As bombas responsáveis pelo esvaziamento do território estão antigas e fragilizadas. O governo do Rio de Janeiro investiu R$ 48 milhões em dragagens dos rios, mas também responsabiliza as prefeituras pela falta de limpeza e manutenção das galerias pluviais.

Outro fator citado é o descarte inadequado de lixo pela população, que acaba prejudicando ainda mais a situação. O governador ressalta a importância de conscientização e destaca as obras de drenagem e macrodrenagem realizadas.

Os moradores de Belford Roxo reclamam da falta de ações do governo no Rio Botas, onde a última drenagem ocorreu há mais de 10 anos. O governador acredita que a solução dos problemas de alagamento virá dos recursos do Governo Federal incluídos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Porém, essa não é a primeira vez que isso é prometido, já que os rios Iguaçu e Sarapuí foram beneficiados pelo PAC em 2007, mas o Rio Botas foi deixado de fora.

A região sofre com a falta de uma rede de saneamento adequada e um programa de coleta de lixo. Apesar de investimentos anteriores trazerem melhorias para os moradores, o esgoto continua sendo despejado nos rios de forma inadequada.

Mais uma vez, os rios têm se tornado alvo de despejo de sujeira, provocando inevitáveis alagamentos. Para evitar essa situação, é necessário conter a ocupação informal nas áreas próximas aos rios e realizar o reassentamento das famílias que vivem nessas regiões. Essa deve ser a prioridade máxima.

Outra medida importante é estabelecer uma política pública de dragagem constante das bacias dos rios. Com a siltagem e assoreamento causados pela sujeira, a capacidade de escoamento fica prejudicada, levando a alagamentos durante fortes chuvas. Portanto, é fundamental realizar a dragagem e monitoramento desses rios.

Após as chuvas intensas na Baixada Fluminense, as prefeituras de Nova Iguaçu e Belford Roxo estão culpando uma à outra pelos alagamentos na região. Nova Iguaçu acusa Belford Roxo de ter construído uma obra que represou o Rio Botas, agravando as enchentes. Já Belford Roxo afirma que apenas realizou uma pequena intervenção para reestruturar o fluxo do rio.

Enquanto a troca de acusações ocorre, o Inea, órgão responsável pela fiscalização de obras com impacto ambiental, não respondeu aos questionamentos sobre a obra feitos pela TV Globo.

No meio desse impasse, o Rio Botas – onde uma mulher desapareceu durante o temporal – está obstruído por lixo. A prefeitura de Belford Roxo está utilizando máquinas para tentar remover os resíduos acumulados e permitir que o rio flua novamente. Os bombeiros continuam as buscas pela mulher desaparecida.

Além disso, os bairros próximos ao Rio Botas ainda estão enfrentando alagamentos desde o transbordamento do rio.

O governador Cláudio Castro afirma que solicitará ao presidente a priorização das obras no Rio Botas e destaca a importância das cidades trabalharem na prevenção e realização de obras para evitar que situações como essa se repitam.

A Baixada Fluminense registrou um volume de chuva, em dois dias, que ultrapassou a média mensal para janeiro em três cidades: Mesquita, Nilópolis e São João de Meriti. A chuva começou de forma localizada durante a manhã de sábado e se intensificou ao longo do dia, diminuindo pela manhã de domingo. No total, pelo menos 12 pessoas morreram e uma mulher está desaparecida após o carro em que ela estava cair no Rio Botas, em Belford Roxo.

O meteorologista Marcelo Seluchi descreveu a chuva do fim de semana como “histórica” e alertou para a necessidade de estar preparado para eventos climáticos extremos.

Moradores de uma cidade enfrentam graves problemas devido a fortes chuvas que resultaram em alagamentos e diversas vítimas fatais. Entre os incidentes relatados estão soterramentos, afogamentos e descargas elétricas, causando a morte de pessoas de diferentes idades e em diferentes regiões.

Os falecimentos ocorreram em Ricardo de Albuquerque, Acari, Nova Iguaçu, Comendador Soares, São João de Meriti, Belford Roxo e Duque de Caxias. Infelizmente, ainda há uma vítima não identificada de um local conhecido como Chapadão, na Pavuna.

A cidade está sofrendo com o impacto das enchentes e a falta de infraestrutura necessária para lidar com esse tipo de situação. As vias alagadas dificultam a locomoção dos moradores e aumentam os riscos de acidentes.

É importante que as autoridades locais tomem medidas efetivas para prevenir e lidar com desastres naturais, a fim de evitar mais perdas de vidas humanas. A segurança e a proteção da população devem ser prioridades, buscando soluções para minimizar os impactos causados pelas enchentes.

Situações como essa destacam a importância de investimentos em infraestrutura, como sistemas de drenagem e manejo das águas pluviais, para que as cidades possam suportar volumes de chuva semelhantes e proteger a vida de seus habitantes. É necessária também uma política efetiva de educação e conscientização sobre os riscos e cuidados a serem tomados em casos de enchentes.






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