As últimas revelações científicas sobre a flutuabilidade das fezes
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As últimas revelações científicas sobre a flutuabilidade das fezes
Um pesquisador do laboratório de biologia de células-tronco e câncer está estudando a razão pela qual as fezes às vezes flutuam. Essa é uma pergunta íntima, mas a resposta pode fornecer informações importantes sobre a saúde dos micróbios que vivem em nosso corpo. Pesquisadores descobriram que a flutuabilidade das fezes é causada por gases, não por gordura. O nível de gás presente em um excremento pode variar e determinar se ele vai flutuar ou afundar. Altas concentrações de metano, que é produzido através de flatulência excessiva, podem fazer com que as fezes afundem. Estudos com camundongos confirmaram essa teoria, mostrando que os que possuem uma microbiota intestinal têm fezes flutuantes, enquanto os que estão livres de micróbios têm fezes que afundam instantaneamente na água.
O cocô dos camundongos começou a flutuar após serem colonizados por bactérias de doadores humanos, indicando que a situação é universal, independentemente da espécie doadora. Análises genéticas revelaram a presença de 10 espécies bacterianas conhecidas por produzir gás, principalmente a Bacteroides ovatus, associada à flatulência excessiva em humanos. Embora os resultados em camundongos ainda devam ser confirmados em humanos, a flutuabilidade das fezes pode ser um indicador de mudanças nas comunidades bacterianas intestinais.
O pesquisador Nagarajan Kannan supõe que a ingestão de antibióticos possa tornar temporariamente as fezes mais densas, mas ainda não encontrou alguém que estude essa questão de forma apropriada. Vários fatores, como dieta, tabagismo, estresse e medicamentos, podem alterar a composição bacteriana em nossos intestinos. Kannan está interessado em entender os mecanismos que levam ao crescimento das bactérias produtoras de gás.
Em situações sociais ou viagens espaciais, é provável que ninguém queira sentar perto de alguém com uma flora intestinal que produz gás excessivo e causa flatulência frequente. Essa descoberta sobre os micróbios gasogênicos tem gerado bastante interesse nas redes sociais, onde uma brincadeira de “contabilidade de cocô” viralizou.
