Aumento alarmante de casos e óbitos provocados pela dengue no Brasil
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Aumento alarmante de casos e óbitos provocados pela dengue no Brasil
Agentes de endemias em Goiânia estão empenhados na luta contra a dengue, visitando as casas e conscientizando os moradores sobre a importância de combater o mosquito transmissor. Uma das casas visitadas é a do aposentado Joaquim Francisco de Oliveira, conhecido por sua dedicação em manter o local limpo e livre de possíveis criadouros.
O aposentado, que faz questão de pegar a vassoura sempre que vai para algum lugar, diz nunca ter visto casos de dengue em sua residência. Para ele, se todos fizessem sua parte em zelar pelo ambiente, a proliferação do mosquito seria evitada.
A Secretaria de Saúde fornece uma armadilha, contendo produtos biológicos que interrompem o ciclo do mosquito, para o senhor Joaquim e outros moradores. Essa armadilha atrai os mosquitos e impede que eles depositem seus ovos, tornando o quarteirão inteiro protegido.
De acordo com Wellington Tristão da Rocha, gerente de zoonoses de Goiânia, o mosquito precisa de água para continuar se reproduzindo. Evitando o acúmulo de água parada, é possível impedir a proliferação.
Apesar dos esforços para combater o mosquito transmissor da dengue, o Brasil tem visto um aumento alarmante nos casos da doença. De acordo com dados do Ministério da Saúde, foram registrados mais de 1 milhão e 640 mil casos apenas neste ano, um aumento de 13% em relação ao ano anterior.
Um ponto preocupante é o número de mortes causadas pela dengue, que bateu um recorde. Até o dia 27 de dezembro, 1.079 pessoas morreram devido à doença, e outros 211 óbitos estão sendo investigados. No ano passado, o país já havia registrado 1.079 mortes.
Os infectologistas acreditam que a distribuição da vacina contra a dengue pelo Sistema Único de Saúde (SUS) possa mudar essa situação. A vacina, disponível na rede privada e que poderá ser incorporada pelo SUS a partir de 2024, tem o potencial de prevenir a forma grave da doença nas pessoas vacinadas.
A vacina da dengue pode ser administrada em pessoas de 4 a 60 anos, em duas doses. As estratégias de vacinação pelo SUS serão definidas nas primeiras semanas de janeiro, com a aplicação prevista para começar em fevereiro com 460 mil doses disponíveis.