Bolsonaro sugere no vídeo a possibilidade de um cenário de guerrilha no Brasil pós-eleições, revela PF
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Bolsonaro sugere no vídeo a possibilidade de um cenário de guerrilha no Brasil pós-eleições, revela PF
A Polícia Federal encontrou um vídeo no computador de um ex-ajudante de ordens do ex-presidente Bolsonaro, que embasa a operação da PF contra militares e ex-ministros suspeitos de participarem de uma tentativa de golpe de Estado. No vídeo, Bolsonaro ordena a disseminação de informações fraudulentas para tentar reverter a situação na disputa eleitoral. Ele também propõe a redação de um documento que questione a lisura das eleições e inclua elementos externos, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Bolsonaro afirma que a esquerda provavelmente ganhará as eleições e que a reação a isso pode levar ao caos no Brasil. Ele também menciona supostas fraudes eleitorais que não existiram. Autoridades nacionais e internacionais reafirmaram a lisura do processo eleitoral várias vezes.
No vídeo, Bolsonaro critica o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por chamar as Forças Armadas para integrar a Comissão de Transparência das Eleições, mas afirma que foi um erro para ele e seus apoiadores adversários. Ele também menciona alguns ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e questiona sua imparcialidade.
A Polícia Federal apreendeu o vídeo durante a operação Tempus Veritatus, que resultou em mandados de busca e apreensão e prisões preventivas. Além de Bolsonaro, outros participantes da reunião, como o ex-ministro do GSI Augusto Heleno e os então ministros da Justiça e da Defesa, também fizeram discursos.
Recentemente, uma operação denominada Tempus Veritatis foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, resultando em 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva. A investigação aponta para a existência de desinformação ilícita contra a Justiça Eleitoral, com a suspeita de conhecimento e apoio por parte das Forças Armadas e órgãos de inteligência do Governo Federal. Entre os alvos da operação, destaca-se o ex-presidente Jair Bolsonaro, cujo passaporte foi apreendido e está proibido de se comunicar com os investigados.
Dentre os alvos da operação, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, foi preso em flagrante por posse irregular de arma de fogo. Durante as buscas na sede do PL, foi encontrado um documento que anunciava a decretação de um estado de sítio e a garantia da lei e da ordem no país. Segundo o relatório da Polícia Federal, o grupo investigado atuava em seis núcleos visando a organização de uma tentativa de golpe de Estado.
Além de Bolsonaro, nomes próximos a ele, como Braga Netto e Augusto Heleno, também foram alvos das buscas. O ex-assessor especial de Bolsonaro, Filipe Martins, foi preso juntamente com outros dois militares, enquanto um quarto mandado de prisão foi expedido para um coronel que se encontrava nos Estados Unidos. A operação também investigou o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, e o ex-assessor de Bolsonaro, Tércio Arnaud, por suspeita de envolvimento em desinformação e ataques ao sistema eleitoral. O advogado Amauri Feres Saad e um padre católico conservador de Osasco também foram alvos da operação.
Essa ação da Polícia Federal levanta preocupações sobre a disseminação de informações falsas e a tentativa de minar a credibilidade da Justiça Eleitoral. Resta aguardar os desdobramentos e resultados das investigações para maior clareza sobre os fatos e envolvidos.
