Campinas solicita ajuda do estado e transfere pacientes de outras cidades devido à sobrecarga na saúde
Compartilhe:
Campinas solicita ajuda do estado e transfere pacientes de outras cidades devido à sobrecarga na saúde
O prefeito de Campinas concedeu uma coletiva admitindo o excesso de demanda na Saúde, assegurando que todos os pacientes estão recebendo assistência adequada. Apesar da sobrecarga nos pronto-socorros e leitos, ele frisou que nenhum paciente está desassistido e que medidas estão sendo tomadas para lidar com a situação.
Durante a coletiva, foram anunciadas diversas medidas para enfrentar a crise. Isso inclui a transferência de pacientes de outras cidades para suas regiões de origem, a solicitação por mais leitos de baixa e média complexidade nas cidades vizinhas, e a criação de um sistema regional de gestão de vagas hospitalares. Além disso, o prefeito buscará ampliar as vagas de hemodiálise e pedirá uma complementação na verba do SUS Estadual para os hospitais municipais, em uma reunião agendada com o secretário Estadual de Saúde.
A sobrecarga nos hospitais foi atribuída ao aumento de atendimentos de doenças como dengue, Covid-19, problemas respiratórios em crianças, agravamento de doenças crônicas, e a entrada de novos pacientes no SUS pós-pandemia. Os dados apresentados mostraram um aumento significativo no número de pacientes atendidos nos hospitais municipais, bem como a ocupação total ou quase total de seus leitos.
A situação de superlotação se estendeu a grandes hospitais de Campinas, como o HC da Unicamp e a Hospital PUC-Campinas, que enfrentam uma demanda muito acima de sua capacidade. Isso resultou na suspensão temporária de cirurgias eletivas pela Hospital PUC-Campinas, diante do aumento da pressão no sistema de saúde da região.
Um hospital universitário enfrenta uma situação crítica, solicitando que cessasse o encaminhamento de novos pacientes devido à superlotação. Imagens recentes evidenciam leitos improvisados, macas nos corredores e pacientes em condições precárias aguardando atendimento.
Na Unidade de Emergência Referenciada para adultos, a lotação chegou a ponto de pacientes aguardarem atendimento por longas horas, sendo alguns atendidos em cadeiras devido à falta de macas. A situação é descrita como caótica por pacientes e acompanhantes, citando sobrecarga de recursos físicos, materiais e humanos. Um paraplégico esperou 12 horas por consulta, enquanto relatos apontam para a presença de pessoas idosas dormindo em cadeiras por falta de espaço.
A unidade hospitalar mencionada enfrenta desafios relacionados à sua capacidade de atendimento, com imagens divulgadas evidenciando a complexidade da situação. Pacientes e acompanhantes expressaram preocupação com a falta de estrutura e recursos disponíveis, destacando a necessidade de ações urgentes para a melhoria das condições de atendimento oferecidas pela instituição de saúde.
