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Cigarro eletrônico: a tendência perigosa e bilionária entre os jovens no Brasil


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Cigarro eletrônico: a tendência perigosa e bilionária entre os jovens no Brasil

O uso do cigarro eletrônico, também conhecido como vape ou pod, traz diversos riscos para a saúde dos usuários. Apesar de proibida pela Anvisa desde 2009, a venda do produto ainda acontece regularmente no Brasil. Segundo o IPEC, o número de usuários de cigarro eletrônico quadruplicou nos últimos quatro anos, chegando a 2,2 milhões de pessoas em 2022. Esse aumento é especialmente notável entre os jovens, com pesquisas indicando que quase 20% dos jovens entre 18 e 24 anos já experimentaram o vape.

Vários médicos alertam para as consequências negativas do uso de cigarro eletrônico. O aparelho é extremamente viciante e oferece altas concentrações de nicotina, tornando a dependência intensa e precoce. Além disso, há relatos de casos de lesão pulmonar associada ao uso do vape, como o caso de uma mulher em Juazeiro (BA) que faleceu em decorrência da EVALI, uma doença inflamatória causada pelo cigarro eletrônico.

Apesar de ser proibida a venda do cigarro eletrônico no Brasil, o comércio do produto movimenta cerca de R$7,5 bilhões por ano, segundo a Receita Federal. Nas ruas, é possível encontrar vendedores clandestinos vendendo cigarros eletrônicos, especialmente na região da 25 de março em São Paulo, onde o produto é vendido em atacado.

O debate em torno da regulamentação do cigarro eletrônico tem ganhado destaque recentemente. A Anvisa abriu uma consulta pública para discutir a possível liberação do uso do vape no Brasil, enquanto no Congresso Nacional há um projeto de lei que propõe regras para fabricação e venda do produto.

O aumento do consumo de cigarros eletrônicos tem gerado um intenso debate sobre a necessidade de regulamentação no Brasil. Enquanto alguns defendem a legalização da venda desses dispositivos, outros consideram que isso seria prejudicial para a saúde pública do país.

Muitas pessoas estão preocupadas com os riscos à saúde causados pelos dispositivos eletrônicos, mas não há uma entidade clara para responsabilizar. Isso cria uma situação de incerteza e falta de segurança para os consumidores.

De acordo com Jaqueline Scholz, do Incor, a legalização da venda do cigarro eletrônico seria uma “desgraça” para a saúde pública do Brasil, que ainda está lutando para tratar os mais de 20 milhões de dependentes do cigarro convencional. A indústria do fumo, por sua vez, defende a regulamentação da venda do vape como uma opção de menor risco para os fumantes adultos.

O debate em torno do cigarro eletrônico também envolve os influenciadores nas redes sociais, especialmente entre os jovens. Há um grupo de jovens influenciadores que produzem conteúdo relacionado ao vape e enxergam o aparelho como parte central de sua rotina.

Entre eles, a influenciadora Mirely Gomes, de 20 anos, destaca a praticidade do cigarro eletrônico em relação ao cigarro comum. Segundo ela, a influência das mídias sociais é um fator que aumenta o consumo. Já Kevin Dener, de 18 anos, é o que mais usa o dispositivo, há quatro anos. Ele admite que tem dificuldades para parar de fumar e consome uma quantidade equivalente a quase seis maços de cigarro comum por dia.

O programa Profissão Repórter, que abordou o tema, traz diferentes perspectivas sobre o assunto. A discussão continua a respeito da necessidade de regulamentação do mercado de cigarros eletrônicos e o impacto que isso teria na saúde pública do país.






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