Como a inteligência artificial pode melhorar a precisão da previsão do clima?
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Como a inteligência artificial pode melhorar a precisão da previsão do clima?
A meteorologia é uma ciência complexa que lida com a previsão do tempo, utilizando dados como temperatura, pressão atmosférica e precipitação para criar modelos de física que permitem fazer prognósticos precisos para um determinado período. No entanto, a atmosfera terrestre é um sistema caótico, onde pequenas diferenças em variáveis como temperatura e vento podem resultar em grandes efeitos em locais distantes, com defasagem de tempo.
Mesmo com o avanço da tecnologia, como computadores potentes e melhores satélites, sempre haverá incertezas na previsão do tempo devido à natureza caótica do sistema. Por isso, a meteorologia trabalha com probabilidades em relação a eventos como chuvas e tempestades.
Os aplicativos de meteorologia em smartphones muitas vezes são vistos como extremamente precisos, mas na realidade, eles trabalham com informações comprimidas e estão sujeitos às mesmas incertezas que os serviços meteorológicos tradicionais. Além disso, a falta de controle de qualidade global e a abertura do mercado para qualquer pessoa lançar um aplicativo contribuem para a falta de confiabilidade.
Enquanto a previsão do tempo tradicional se baseia em modelos físicos, a inteligência artificial (IA) utiliza dados compilados para elaborar previsões de maneira mais estatística. Embora os avanços da IA na meteorologia sejam notáveis, especialmente na detecção de padrões, a tecnologia tem limitações, principalmente em circunstâncias extremas.
No futuro, a tendência é desenvolver sistemas de previsão híbridos, que combinam métodos tradicionais com recursos de IA, visando reduzir os riscos de previsões incorretas. Em regiões com pouca infraestrutura de medição, a IA pode ser vista como uma alternativa, mas o desenvolvimento de capacidades de observação global é fundamental para garantir previsões confiáveis.
As mudanças climáticas têm impacto nas previsões do tempo, apesar de não alterarem os princípios básicos da meteorologia. A necessidade de fechar lacunas de observação em regiões menos monitoradas é destacada, ressaltando a importância de aprimorar a capacidade de prever eventos climáticos extremos em todo o mundo.
Este artigo aborda as leis da física e os desafios da previsão meteorológica diante das mudanças nas zonas climáticas, que podem intensificar eventos extremos como furacões, tempestades e secas, afetando de forma mais intensa os seres humanos.
Uma questão levantada é a dramaticidade dos alertas de tempestades emitidos pelas autoridades, muitas vezes não condizente com a gravidade real do evento, o que causa incompreensão e descrença por parte da população.
Os especialistas destacam a complexidade das decisões tomadas ao emitir alertas, enfatizando que os custos de uma evacuação são insignificantes quando comparados ao risco de morte, mas há falta de consciência e compreensão por parte da população sobre a importância desses alertas.
Diante desse cenário, a previsão meteorológica enfrenta novos desafios, exigindo não apenas melhorias nos processos de alerta, mas também uma maior prontidão e seriedade por parte da população em relação às advertências emitidas pelas autoridades.