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Como a sociedade pode prevenir a próxima grande extinção de espécies


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Como a sociedade pode prevenir a próxima grande extinção de espécies

Alerta! Cerca de 30% das espécies de plantas e animais do nosso planeta estão sob ameaça de extinção devido à ação humana, que inclui destruição de habitats, uso de pesticidas e caça indiscriminada. A última grande extinção ocorreu há 66 milhões de anos, marcando o fim da era dos dinossauros com a queda de um meteoro que eliminou 75% das espécies da Terra.

Estamos vivendo no Antropoceno, uma era em que as ações humanas têm o poder de um asteroide. A taxa natural de extinção é de 10 a 100 espécies por ano, porém, a atividade humana elevou esse número para cerca de 27 mil por ano. O desmatamento na Amazônia coloca em risco milhares de espécies, podendo levar ao desaparecimento de até 10 mil delas somente no Brasil.

A extinção de espécies gera desequilíbrio nos ecossistemas, ameaçando a estabilidade e resultando em possíveis colapsos, com consequências graves para os seres humanos, como a diminuição da produção de alimentos devido à perda de polinizadores e fontes de proteínas. Medidas de conservação têm contribuído para a recuperação de algumas espécies, mas não são suficientes para conter a rápida extinção global.

Um exemplo é o desafio enfrentado na tentativa de conservação do lêmure de Madagascar, onde medidas tradicionais de captura e reprodução falharam devido à alteração da flora bacteriana dos animais retirados do seu habitat natural. A destruição da floresta para obtenção de carvão pela população local representa uma ameaça crucial para esses primatas.

A importância da aceitação e envolvimento das comunidades locais na conservação é destacada, com exemplos como o aumento da população de tigres na Índia devido a investimentos em áreas protegidas e turismo. No entanto, ainda existem incertezas e desafios, e é necessário encarar de frente as possíveis consequências das ações em prol da preservação da biodiversidade.

Na década de 1990, a organização ambiental WWF fez uma campanha para acabar com a caça ilegal de rinocerontes para a obtenção de seus chifres na medicina tradicional chinesa. A alternativa sugerida foi a utilização dos chifres dos antílopes saiga, resultando em uma drástica redução de 97% na população desses animais.

A extinção de uma espécie é uma realidade que muitas pessoas não presenciam diretamente, por isso é crucial divulgar informações sobre o tema. De acordo com Wessel, animais carismáticos como rinocerontes e tigres, assim como os adoráveis e pequenos, podem sensibilizar o público em geral em relação à conservação da biodiversidade.

Mesmo que alguns animais excêntricos, como o rato-toupeira-pelado, possuam uma base de fãs dedicada, a aversão geral aos animais rastejantes dificulta sua proteção. Consequentemente, a criação de reservas para as espécies mais populares costuma ser a única maneira viável de salvá-los.

A preservação ambiental demanda investimentos consideráveis, e muitos países dedicam uma porcentagem mínima de seus PIBs para essa causa. Os países europeus lideram os investimentos, seguidos por nações da Ásia e América do Sul. O Senegal se destaca na África, alocando 0,5% de seu PIB para proteção ambiental.

Apesar de investimentos significativos em preservação, países como Malásia, Uganda e Tanzânia têm enfrentado um aumento na proporção de espécies ameaçadas desde 1990. A IUCN avalia a eficácia da proteção ambiental por meio de escalas que consideram a viabilidade de recuperação das espécies e o tamanho máximo das populações.

Enquanto o grou-azul africano apresenta potencial para recuperação com intervenção, o lêmure-saltador-do-norte, alvo dos esforços de conservação de Edward Louis em Madagascar, está à beira da extinção. Louis busca implementar alternativas ao carvão vegetal para salvar a espécie, mas enfrenta desafios de aceitação das comunidades locais.

Em contrapartida, o governo propõe a recuperação de áreas degradadas com atividades como criação de gado, agricultura e exploração de madeira, o que gera debates sobre os impactos ambientais e a necessidade de encontrar equilíbrio entre conservação e desenvolvimento econômico.






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