Coreia do Norte realiza intenso bombardeio na fronteira marítima com a Coreia do Sul, com mais de 200 disparos de artilharia.

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Coreia do Norte realiza intenso bombardeio na fronteira marítima com a Coreia do Sul, com mais de 200 disparos de artilharia.
A disputa pela fronteira marítima entre as duas Coreias vem se arrastando desde 1953, quando um cessar-fogo foi assinado para encerrar a guerra, mas oficialmente a guerra continua em curso. Recentemente, o ditador norte-coreano anunciou que a reunificação pacífica da península coreana é impossível e chamou a Coreia do Sul de inimiga. Especialistas alertam que essa nova postura está aumentando a tensão entre os dois países.
A relação entre as Coreias sempre foi complicada, mas havia uma retórica de reconciliação e unificação. No entanto, segundo o professor Oliver Stuenkel, essa postura mudou e agora a Coreia do Norte está tratando formalmente a Coreia do Sul como um país adversário, o que pode facilitar a justificativa para o uso de armas nucleares no futuro.
Essa escalada de tensão ocorre em um momento político sensível, com eleições parlamentares na Coreia do Sul em abril e eleições presidenciais nos Estados Unidos em novembro. Há temores de que o medo de uma escalada nuclear possa influenciar o resultado das urnas, especialmente nos Estados Unidos.
Os Estados Unidos, aliados da Coreia do Sul, têm realizado exercícios militares perto de Seul, como forma de demonstrar apoio ao país. Enquanto isso, o governo chinês pede que ambas as Coreias ajam com moderação e evitem ações que agravem ainda mais a tensão.