Notícias | De bebidas no Japão a melodias na Rússia: a ascensão surpreendente das capivaras globalmente

| De bebidas no Japão a melodias na Rússia: a ascensão surpreendente das capivaras globalmente |

De bebidas no Japão a melodias na Rússia: a ascensão surpreendente das capivaras globalmente


REPRODUÇÃO/DIVULGAÇÃO

Compartilhe:



De bebidas no Japão a melodias na Rússia: a ascensão surpreendente das capivaras globalmente

O Brasil ganhou destaque nas redes sociais por conta de um inusitado fenômeno: a popularidade das capivaras. Esses roedores gigantes, nativos da América do Sul, tornaram-se uma sensação global, desde virais no TikTok até temas de cafés em Tóquio. Sua aparência peculiar, comportamento tranquilo e capacidade de adaptar-se a ambientes urbanos têm encantado cada vez mais pessoas ao redor do mundo.

Com mais de 30 quilos, as capivaras são os maiores roedores do mundo, excetuando o Chile. Apesar de seu tamanho imponente, possuem uma expressão facial tranquila e até mesmo irônica, o que as torna cativantes para muitos. A conexão emocional que as capivaras estabelecem com humanos é notável, mesmo quando são consideradas um problema em certas regiões devido a questões como a destruição de plantações ou transmissão de doenças como a febre maculosa.

No Brasil, particularmente, as capivaras conquistaram corações e mídias sociais, gerando um grande engajamento online. Projetos como a ONG Capa, que cuida dos animais vivendo às margens do rio Pinheiros em São Paulo, têm destacado o carisma e simpatia desses roedores, que já se tornaram ícones e inspirações para diversos segmentos, desde moda até entretenimento.

O sucesso das capivaras também se estende mundialmente, sendo evidenciado por casos como o do jovem russo Alexey Pluzhnikov, que compôs uma música em homenagem a esses simpáticos animais, alcançando a viralização e reconhecimento internacional. Além disso, no Japão, cafés temáticos permitem aos clientes interagir com capivaras, evidenciando o status de “pets” que esses roedores adquiriram em certas regiões.

No Japão, existem cafés pets populares onde as pessoas interagem com animais enquanto tomam café. Um desses estabelecimentos é o Cafe Capyba, aberto em 2023 por Yusuke Yoshida, que criou duas capivaras, Kohaku e Pisuke, para permitir que mais pessoas conheçam e apreciem a fofura desses animais sul-americanos.

Yoshida, inspirado por zoológicos que permitem interações com capivaras, decidiu dedicar um espaço aos animais em seu café. Apesar de algumas críticas sobre manter capivaras em cativeiro, ele acredita na diversidade de opiniões e garante que as necessidades de cada animal são atendidas de forma individualizada, incluindo consultas veterinárias e licença da prefeitura.

Além do Japão, homenagens às capivaras são vistas em vários locais do mundo, como um café nos EUA cheio de pelúcias e uma instalação no mercado de Londres. Esses animais, antes vistos apenas como parte da fauna sul-americana, agora conquistaram fãs ao redor do globo, mudando a percepção de serem simples vetores de doenças para ícones queridos.

Apesar de capivaras serem associadas à febre maculosa devido aos carrapatos que habitam nelas, também são símbolos de afeto e proximidade com a natureza. Esse contato humano-animal, embora tenha seus riscos, tem contribuído para uma percepção mais amorosa das capivaras, como é o caso em Belo Horizonte, onde souvenirs com estampas dos animais são comuns.

O biólogo José Sabino destaca que a presença das capivaras em ambientes urbanos é resultado do desequilíbrio causado pelo homem e, apesar dos desafios, a habituação desses animais à presença humana os torna menos temerosos. Esse fenômeno permite que as pessoas apreciem e convivam com esses simpáticos roedores de forma harmoniosa e positiva.

Um estudo mostrou a percepção positiva da população de Brasília sobre as capivaras no Lago Paranoá. Em Uberlândia, a visão é de um animal carismático e inofensivo, com potencial turístico no Brasil. Presentes em grande parte do território nacional, as capivaras são consideradas um animal nacional.

No entanto, o abuso em relação às capivaras no ambiente digital é evidente. Muitos vídeos mostram situações impróprias, como pessoas tratando as capivaras como animais de estimação. O biólogo José Sabino alerta que as capivaras são animais silvestres e não devem ser tocadas, podendo morder se se sentirem ameaçadas. É recomendado manter uma distância segura de pelo menos 3 metros e evitar encurralar o animal.

O biólogo também ressalta que as capivaras podem causar danos em plantações e ser atropeladas em rodovias, mas enfatiza que somos os invasores em seu território.






Recomendamos


Churraclean

Churraclean

Redsilver

Redsilver

Outras Notícias





Mais Recentes