Deputada estadual Lucinha (PSD) é afastada pelo Tribunal de Justiça do RJ devido a suspeitas de ligação com milícia
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Deputada estadual Lucinha (PSD) é afastada pelo Tribunal de Justiça do RJ devido a suspeitas de ligação com milícia
A justiça autorizou a realização de busca e apreensão no gabinete de uma deputada estadual e em diversos locais ligados a ela. A deputada, do partido PSD, foi afastada do cargo por tempo indeterminado. Ela é alvo da Operação Batismo, realizada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro.
A investigação aponta que a deputada é considerada o braço político de uma poderosa e violenta milícia do Rio de Janeiro, conhecida como “milícia do Zinho”. Essa milícia atua principalmente nas regiões populares de Campo Grande e Santa Cruz, na Zona Oeste da capital carioca.
A deputada é chamada de “madrinha” pela milícia do Zinho, que está foragido e é acusado de diversos crimes. A Justiça permitiu a busca e apreensão no gabinete da deputada, localizado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), assim como em outros endereços relacionados a ela.
A investigação teve início em 2021 e é conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ). O caso começou com a apuração do assassinato de um policial por milicianos ligados à “milícia do Zinho”. Com o avanço das investigações, foram encontradas evidências do envolvimento da deputada e de sua assessora com a cúpula da milícia.
As suspeitas mais graves contra a deputada incluem interferência na segurança pública para soltar milicianos presos, tentativa de mudança no comando da polícia militar em Santa Cruz, vazamento de informações sobre operações policiais e atuação política em benefício do transporte público de vans controlado pela milícia na Zona Oeste.
