Desvendando o mistério: principais indícios do paradeiro do helicóptero desaparecido em São Paulo após 10 dias de busca

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Desvendando o mistério: principais indícios do paradeiro do helicóptero desaparecido em São Paulo após 10 dias de busca
A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que já foram cumpridas cerca de 122 horas de voo nas buscas pelo helicóptero que desapareceu em São Paulo. Até o momento, no entanto, a aeronave ainda não foi encontrada e as operações serão retomadas na manhã desta quinta-feira.
Após 10 dias de busca, a FAB e a Polícia continuam investigando o desaparecimento do helicóptero e até agora só conseguiram encontrar algumas pistas.
Uma das pistas veio por meio da antena de celular, que captou sinais do telefone de um dos passageiros até às 23h54 do dia 31 de dezembro, data do desaparecimento. Antes disso, o celular de outro passageiro emitiu sinais até às 22h14 do dia 1º de janeiro.
Além disso, a Polícia encontrou mensagens trocadas entre a filha de uma das passageiras com o namorado durante o voo. A jovem relatou que o grupo fez um pouso de emergência antes de perderem o contato e enviou fotos do local para o namorado.
Outra pista que está sendo investigada é um áudio enviado por um dos passageiros ao filho, informando uma mudança de rota devido às condições climáticas e o destino seria Ubatuba, no litoral norte de São Paulo.
Um pouso feito pela aeronave próximo a uma represa em Paraibuna também é considerado pista para a investigação. A polícia acredita que o pouso tenha sido realizado para esperar por melhores condições climáticas.
O helicóptero, com quatro pessoas a bordo, decolou do aeroporto de Campo de Marte, em São Paulo, no dia 31 de dezembro e está desaparecido desde então.
No dia 31 de dezembro, um helicóptero com quatro pessoas a bordo desapareceu enquanto se dirigia a Ilhabela, no litoral norte de São Paulo. A aeronave, de modelo Robinson 44 e pintada de cinza e preto, não realizou seu pouso programado e desde então está sendo procurada. As buscas são conduzidas pela Força Aérea Brasileira, que delimitou uma área de cerca de 5 mil quilômetros de busca, dificultada pelo terreno montanhoso e coberto por florestas da Serra do Mar.
As autoridades iniciaram as investigações na região entre a Serra do Mar e Caraguatatuba, a cidade vizinha a Ilhabela. Durante a primeira semana de busca, a Polícia Militar e a Polícia Civil se juntaram à FAB na busca por pistas do paradeiro do helicóptero. Na segunda semana, as buscas foram concentradas nas cidades de Paraibuna, Redenção da Serra e Natividade da Serra, próximas à última localização registrada da aeronave.
As buscas contam com o auxílio de helicópteros da Polícia Civil, equipados com câmeras termais e zoom para ampliar a capacidade de localização. Além disso, a Força Aérea Brasileira utiliza o modelo militar H-60 Black Hawk, capaz de percorrer grandes distâncias em pouco tempo. No entanto, até o momento, nenhuma pista concreta sobre o paradeiro do helicóptero foi encontrada.
No último domingo, um helicóptero com quatro pessoas a bordo perdeu contato com a torre de controle e desapareceu. Entre os desaparecidos estava o piloto Cassiano Tete Teodoro, de 44 anos, cuja licença havia sido cassada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) por conduta grave de fraude. Essa é considerada a punição mais severa dentro das ações administrativas da Anac. Em 2019, Cassiano foi pego em flagrante durante uma fiscalização no aeroporto Campo de Marte, onde jogou o helicóptero que pilotava contra um servidor da Anac.
A utilização de instrumentos e o uso do piloto automático são medidas que visam aumentar a segurança das operações de voo. No entanto, no caso desse helicóptero desaparecido, aparentemente não foram suficientes para evitar o incidente. A perda de contato com a torre de controle ainda é motivo de investigação e especulação. A identidade das outras três pessoas a bordo do helicóptero não foi divulgada oficialmente.
A cassação da licença de um piloto é uma medida séria e indica a existência de irregularidades graves em sua conduta. A Anac, como órgão regulador da aviação civil, tem a responsabilidade de fiscalizar e garantir a segurança no transporte aéreo. A atitude de Cassiano durante a fiscalização de 2019 foi considerada uma conduta grave de fraude, que resultou na cassação de sua habilitação em setembro de 2021.
A atribuição de maior segurança aos instrumentos e ao uso do piloto automático, assim como a redução da carga de trabalho do piloto durante o voo, são aspectos importantes para prevenir acidentes e incidentes aéreos. No entanto, é necessário considerar outras variáveis, como a manutenção da aeronave, o treinamento e a experiência dos pilotos, e até mesmo fatores externos como condições meteorológicas, que podem influenciar diretamente na segurança do voo.
O desaparecimento do helicóptero e o histórico conflituoso do piloto Cassiano Tete Teodoro levantam questões sobre a segurança e a fiscalização no setor de aviação. Investigar as causas do desaparecimento é fundamental para a prevenção de futuros incidentes. A Anac tem o papel crucial de garantir que apenas profissionais qualificados e de conduta exemplar exerçam a atividade de pilotagem, assegurando a segurança de todos os envolvidos nas operações aéreas.