Diferentes visões sobre o futuro de Gaza surgem entre a proposta militar de Israel e os ministros radicais de Netanyahu

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Diferentes visões sobre o futuro de Gaza surgem entre a proposta militar de Israel e os ministros radicais de Netanyahu
O Ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, apresentou uma proposta para o futuro da Faixa de Gaza, mas enfrenta resistência dos ministros ultrarradicais do governo de Benjamin Netanyahu, que defendem a expulsão dos palestinos e o retorno de assentamentos judaicos.
A proposta de Gallant deixa claro que Israel não será responsável pela vida civil em Gaza, o que gerou um debate acalorado entre os ministros da coligação de extrema direita e os chefes militares.
Os ministros da Segurança Nacional e das Finanças têm expressado abertamente a ideia de “emigração de palestinos” e “reassentamento voluntário de colonos” em Gaza, justificando que Israel não pode conviver com um foco de ódio e terrorismo.
O governo americano, a ONU e a União Europeia consideram essa retórica inflamatória e irresponsável. A comunidade internacional defende a manutenção do status quo desde a retirada unilateral de Israel em 2005.
A guerra em Gaza já causou milhares de mortes e a maioria da população deixou suas casas. Não se sabe se eles serão autorizados a retornar.
O plano de Gallant para o pós-guerra envolve um mecanismo multipolar para Gaza, com a participação de Israel, Egito, uma força multinacional e um aparelho administrativo palestino. Ele deixa claro que o Hamas não estará mais no controle.
A proposta precisa ser aprovada pelo governo israelense, mas enfrenta o obstáculo da demora de Netanyahu em tomar uma decisão, o que pode beneficiá-lo politicamente.