Documento com justificativas para implantação do estado de sítio é encontrado pela PF na sede do PL
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Documento com justificativas para implantação do estado de sítio é encontrado pela PF na sede do PL
Segundo fontes ouvidas, foi revelado um discurso escrito que argumenta que a ruptura do Estado Democrático de Direito estaria de acordo com a Constituição. O documento menciona filósofos como Aristóteles e defende a resistência a leis injustas como princípio do Iluminismo. No final, declara o estado de sítio e decreta uma operação de garantia da lei e da ordem para restaurar o Estado Democrático de Direito.
Nesta quinta-feira, a Polícia Federal realizou uma operação ampla para investigar a participação de ex-integrantes do governo, civis, militares e aliados políticos de Bolsonaro em uma tentativa de golpe que culminou na invasão dos Três Poderes. Entre os mais de 30 alvos da operação estão os generais Braga Netto e Augusto Heleno, que são citados como defensores da ruptura.
Em um dos diálogos captados pela PF, o general Netto chama o ex-comandante do Exército de “cagão” por não aderir ao plano golpista, enquanto ordena que radicais cerquem a casa do general Freire Gomes. Já o general Heleno foi gravado dizendo em uma reunião que era necessário “virar a mesa” antes da disputa eleitoral.
A PF também descobriu uma minuta que solicitava a prisão dos ministros do STF Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, assim como do presidente do Congresso Rodrigo Pacheco. Segundo os investigadores, o documento foi discutido com Bolsonaro, que exigiu a retirada dos nomes de Mendes e Pacheco, mas manteve a ordem de prisão de Moraes e determinou a realização de novas eleições.
O caso ocorreu após a derrota de Bolsonaro nas eleições para Luiz Inácio Lula da Silva.
