Entenda a preocupação da Suécia ao alertar sua população sobre a necessidade de se preparar para uma eventual guerra
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Entenda a preocupação da Suécia ao alertar sua população sobre a necessidade de se preparar para uma eventual guerra
O ministro da Defesa Civil da Suécia, Carl-Oskar Bohlin, chamou a atenção para a possibilidade de guerra no país durante uma conferência. O chefe das Forças Armadas, general Micael Byden, endossou essa afirmação, pedindo que os suecos se preparem mentalmente. No entanto, políticos de oposição criticaram o tom das advertências, argumentando que a situação de segurança não é tão grave.
A ex-primeira-ministra Magdalena Andersson afirmou que, embora a situação de segurança seja séria, não é motivo para pânico. Por outro lado, a organização Bris, dedicada aos direitos das crianças, relatou um aumento nas chamadas de jovens preocupados após verem reportagens e postagens do TikTok sobre o assunto. Eles alegam que as autoridades deveriam fornecer informações voltadas para as crianças ao divulgarem esse tipo de notícia para os adultos.
Apesar do impacto das declarações, os comentários do ministro da Defesa e do chefe das Forças Armadas estão sendo interpretados como um alerta. A Suécia está prestes a se juntar à OTAN, após mais de dois séculos de paz, aguardando apenas a aprovação de dois parlamentos. O general Byden explicou que suas declarações não são novidade, pois ele visitou a região oriental da Ucrânia há um mês, e a Suécia faz parte de um grupo de países que treinam pilotos ucranianos.
O objetivo desses alertas não é causar pânico, mas fazer com que as pessoas reflitam sobre sua própria situação e responsabilidades. A Finlândia já aderiu à OTAN e as autoridades russas sugeriram que seria o primeiro país a sofrer com um aumento das tensões. O objetivo do ministro da Defesa é criar consciência sobre a situação atual e pedir uma resposta por parte das autoridades locais, estrategistas de emergência e indivíduos.
Enquanto alguns especialistas em defesa acreditam que o tom das advertências suecas é exagerado, enfatizam que é necessário aumentar os esforços de construção da defesa civil e militar do país. Mesmo que as Forças Armadas suecas sejam altamente competentes, a escala atual de ações não é suficiente para lidar com a situação.
A Suécia recebeu apoio do presidente ucraniano, que pediu colaboração no desenvolvimento de armamentos para fortalecer a segurança mútua. O primeiro-ministro também afirmou o compromisso de aumentar os gastos militares para cumprir a meta da OTAN.
O general Byden fez um alerta sobre a possibilidade de guerra, destacando a necessidade de os países da Otan se prepararem para o confronto. Ele ressaltou que a última lei de defesa indicava a criação de 3,5 brigadas, enquanto a Ucrânia já possuía 28 no início do conflito.
Jacek Siewiera, chefe do Gabinete de Segurança Nacional da Polônia, também alertou que os países do flanco oriental da Otan deveriam se preparar para um possível confronto com a Rússia dentro de três anos. Um relatório do Conselho Alemão de Relações Exteriores sugeriu um prazo de seis anos para a Alemanha e a Otan se prepararem para se defender de um ataque russo, mas Siewiera considerou esse prazo muito otimista.
O especialista Jonsson, da Universidade Sueca de Defesa, acredita que várias condições precisam ser cumpridas para que uma guerra envolvendo a Suécia se torne realidade. Entre elas, estão o fim da guerra da Rússia na Ucrânia, o tempo necessário para que Moscou reconstrua e rearme suas forças de combate, e a Europa perder o apoio militar dos Estados Unidos. Apesar de ser uma possibilidade, Jonsson acredita que é pouco provável que esses fatores se concretizem.
