Notícias | Escolas de samba locais enfrentam dificuldades para se apresentar no Marco Zero do Recife devido à falta de apoio e recursos: “Fazer samba na terra do frevo é um desafio”

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Escolas de samba locais enfrentam dificuldades para se apresentar no Marco Zero do Recife devido à falta de apoio e recursos: “Fazer samba na terra do frevo é um desafio”


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Escolas de samba locais enfrentam dificuldades para se apresentar no Marco Zero do Recife devido à falta de apoio e recursos: “Fazer samba na terra do frevo é um desafio”

Uma das escolas de samba mais antigas de Olinda, a Escola de Samba Preto Velho, não irá desfilar na avenida em 2024, mesmo completando 50 anos de existência em dezembro. O samba em Pernambuco tem sofrido com a marginalização ao longo dos anos, inclusive sendo comparado a traidores da terra por Gilberto Freyre na década de 1960. No entanto, o samba pernambucano tem resistido graças aos fortes laços comunitários e ao trabalho voluntário.

A Pérola do Samba, situada no Alto José do Pinho, no Recife, é uma escola de família que acolhe pessoas de todas as idades, raças, gêneros e orientações sexuais. Os membros da escola lutam para garantir que o samba não morra, embora desejem apenas existir sem enfrentar a resistência. A Gigante do Samba, maior campeã do carnaval do Recife, também enfrenta dificuldades para realizar seu desfile anual e depende da comunidade local para se manter.

O mestre Damião, da Gigante do Samba, destaca a falta de apoio da prefeitura, assim como a falta de uma passarela adequada para os desfiles. Ele relata que mesmo após redirecionarem o local dos desfiles por causa de críticas, a passarela continua sendo estreita. Mesmo diante das dificuldades, Damião afirma que eles seguem em frente com força, luta e determinação.

Essa situação vivenciada pelas escolas de samba em Pernambuco é semelhante à enfrentada por agremiações do Rio de Janeiro antes do apoio e investimento. Macaco Branco, mestre de bateria da Unidos de Vila Isabel, relata que o samba também era marginalizado no Rio e era visto como ato de vadiagem, mas hoje é conhecido e apreciado em todo o mundo. A persistência e resistência das escolas de samba são fundamentais para manter a cultura viva.

Um músico pernambucano, conhecido como Macaco Branco, está conseguindo ganhar a vida inteiramente com a música, diferentemente dos mestres de bateria da região. Ele é parte da escola de samba Vila Isabel, que já tem uma base sólida e consegue realizar diversos projetos sociais na comunidade. Entre eles, estão aulas de percussão, samba, mestre-sala e porta-bandeira, chapelaria e cavaquinho.

Essas iniciativas têm como objetivo tirar crianças de áreas periféricas dos caminhos negativos. Macaco Branco acredita que o samba é capaz de salvar vidas, pois é um gênero que tem raízes ancestrais africanas e possui mais de 100 anos de história documentada.

A importância desse trabalho pode ser percebida nos vídeos mais assistidos de Pernambuco nos últimos 7 dias. Eles mostram a dedicação e o impacto positivo que o samba e os projetos sociais têm na vida das pessoas.






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