Escritora potiguar de origem indígena é premiada no Jabuti por incentivar a leitura
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Escritora potiguar de origem indígena é premiada no Jabuti por incentivar a leitura
O projeto Mulherio das Letras surgiu em 2020 durante a pandemia. A escritora Eva Potiguara sentia a falta de visibilidade para suas obras e, ao conversar com a colega Maria Valéria Resende, surgiu a ideia de criar um grupo de escritoras que enfrentavam os mesmos desafios. Assim nasceu o Mulherio das Letras Indígenas.
Eva lançou um edital permitindo a participação gratuita de mulheres indígenas de todas as idades, tanto de aldeias quanto do meio urbano. Muitas pessoas duvidavam da possibilidade de criar um livro sem custo, mas elas confiaram e passaram um ano e meio trabalhando na obra. Em fevereiro de 2022, o primeiro Mulherio foi lançado e o projeto chamado Album Biográfico do Mulherio das Letras Indígenas foi apresentado.
Participar do projeto foi significativo para as mulheres indígenas co-autoras, muitas das quais tinham ocupações como agricultoras e artesãs. Para elas, a oportunidade de lançar um livro era algo inimaginável.
O livro foi inicialmente lançado em formato digital e, posteriormente, em novembro, foi lançada a versão física, distribuída em todo o país.
Surpreendentemente, o projeto foi indicado para o prêmio Jabuti na categoria Fomento à Leitura. Eva, que estava enfrentando um câncer, ficou surpresa com a notícia. Ela considera a premiação uma “reparação histórica” para a literatura indígena, que representa apenas 1% no território brasileiro.
Receber esse prêmio é um marco importante na luta por espaço e oportunidade para escritores indígenas, algo que ainda é um desafio complexo.
Uma escritora indígena, Eva Potiguara, expressou a esperança de que as pessoas se conectem mais com suas raízes após receber um prêmio literário. Ela espera que as pessoas leiam mais obras escritas por mulheres indígenas e reflitam sobre a identidade e a terra brasileira, questionando as verdades impostas por uma educação colonializada, que pintava os indígenas como selvagens sem alma e inferiores. Além de escritora e poeta, Eva é doutora em Educação e atua como produtora cultural e editora. Entre suas obras estão livros de poemas com uma abordagem mais lúdica para o público infantojuvenil, além de um livro de poemas da literatura indígena que busca celebrar a resistência e ancestralidade dos povos indígenas do Brasil.
Eva Potiguara, uma escritora indígena, recentemente ganhou um prêmio por sua escrita e espera que isso desperte a curiosidade das pessoas para ler mais obras escritas por mulheres indígenas. Ela também espera que as pessoas reflitam sobre a identidade e a terra brasileira, questionando a educação colonializada que pintava os indígenas como selvagens sem alma e inferiores. Além de escritora e poeta, Eva é doutora em Educação e também trabalha como produtora cultural e editora. Entre suas obras estão livros de poemas voltados para o público infantojuvenil, que abordam temas ambientais de forma lúdica, bem como um livro de poemas da literatura indígena que celebra a resistência e ancestralidade dos povos indígenas no Brasil.
Eva Potiguara, uma escritora e poeta indígena, ganhou um importante prêmio literário recentemente e espera que isso leve as pessoas a explorar mais a literatura escrita por mulheres indígenas. Ela deseja que as pessoas também reflitam sobre a terra e a identidade brasileiras, questionando as noções pré-concebidas disseminadas por uma educação colonizada. Eva é doutora em Educação e também atua como produtora cultural e editora. Além da obra premiada, ela tem outros livros publicados, incluindo obras voltadas para o público infantojuvenil com foco na educação ambiental e um livro de poemas que destaca a resistência e ancestralidade dos povos indígenas do Brasil.
A escritora indígena Eva Potiguara, recentemente premiada, expressou o desejo de que as pessoas se voltem para a literatura escrita por mulheres indígenas e reconectem-se com suas raízes. Para ela, é importante questionar as verdades impostas por uma educação colonizada e eurocêntrica, que retrata os indígenas como selvagens sem alma e inferiores. Além de escritora e poeta, Eva também possui doutorado em Educação e é produtora cultural e editora. Seus livros abrangem diferentes gêneros, incluindo obras lúdicas sobre temas ambientais para o público infantojuvenil e um livro de poemas que valoriza a resistência e a ancestralidade dos povos indígenas brasileiros.