Ex-técnico do Santos FC faz denúncia à polícia contra jogadora do clube baseado em acusações anônimas e solicita investigação; saiba mais
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Ex-técnico do Santos FC faz denúncia à polícia contra jogadora do clube baseado em acusações anônimas e solicita investigação; saiba mais
No mês de setembro, foram reveladas 19 cartas escritas à mão por jogadoras que relatavam situações de mau comportamento por parte de um ex-treinador. As queixas incluíam cobranças excessivas, constrangimentos, ameaças e comportamentos inadequados. Como resultado, o treinador entregou seu cargo no comando da equipe, seguido da saída de outros oito funcionários.
A denúncia contra o ex-treinador foi motivada por uma carta em específico, na qual uma jogadora relatou uma situação constrangedora que ocorreu em uma feira. Após o arquivamento de um processo movido pelo treinador contra a jogadora, sua defesa requisitou a abertura de um inquérito policial para investigação. As advogadas da jogadora argumentaram que pelo menos três dos 19 relatos poderiam ser considerados como assédio sexual e moral.
O ex-treinador também alegou que a jogadora foi responsável por iniciar as denúncias e influenciar outras jogadoras. Ele afirmou que algumas perderam suas posições de titularidade ou não aceitaram suas exigências técnicas. Em seu depoimento à Polícia Civil, o treinador mencionou que a jogadora admitiu ser autora da carta em uma reunião com um dos dirigentes do clube.
A defesa do treinador alegou que, como havia mais jogadoras presentes na feira, a carta não poderia ser atribuída apenas à jogadora em questão, pois não possuía assinatura. Além disso, afirmaram que ela teve poucas interações com o treinador. Durante o inquérito, dois dirigentes do clube e duas jogadoras deram depoimentos em defesa do ex-treinador, alegando terem relacionamento pessoal com ele. Um amigo do treinador, residente no Japão, também foi mencionado na defesa, alegando que a notícia teve repercussão internacional e causou danos ao treinador.
A jogadora foi obrigada a escrever uma parte da carta em questão durante seu depoimento, para que a perícia pudesse comparar as grafias. No entanto, até o momento, não foram divulgadas informações sobre o resultado da perícia. Segundo o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, o inquérito policial continua em andamento sob sigilo, e a jogadora é considerada averiguada no processo.
As advogadas responsáveis pela defesa da jogadora enviaram uma nota à imprensa, informando que a ação criminal movida pelo treinador contra sua cliente foi arquivada após análise oficial. Respeitando o sigilo judicial, elas se abstiveram de dar detalhes sobre o caso, mas afirmaram que estão descontentes com o desfecho.
O advogado de defesa de Kleiton, ex-técnico de uma equipe, afirmou que seu cliente foi vítima de uma conspiração que resultou em sérios danos morais. Ele alega que cartas foram vazadas com o intuito de derrubar Kleiton de seu cargo. Embora um inquérito policial esteja em andamento sobre o assunto, o advogado confia na integridade de sua cliente e no sistema judiciário para prevalecer a verdade. Ele ressalta que não há registros de Boletim de Ocorrência contra Kleiton e todos os depoimentos coincidem em relação à sua versão dos fatos. O advogado também informa que seu cliente tomará medidas judiciais, incluindo calúnia e difamação, além de medidas indenizatórias.
Até o momento da escrita, tanto a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo quanto o Ministério Público não responderam aos contatos feitos pelo site.
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