Florestas urbanas: aliadas contra as ondas de calor nas metrópoles, afirma Embrapa
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Florestas urbanas: aliadas contra as ondas de calor nas metrópoles, afirma Embrapa
O sol escaldante é aliviado pela sombra das árvores, segundo uma pesquisa realizada pela Embrapa-PR. O estudo analisou as temperaturas em um bosque de Curitiba cercado por áreas urbanas e revelou que a temperatura média no bosque é 4ºC mais baixa do que nas ruas próximas. O efeito refrescante das florestas urbanas pode ser comparado ao de um ar condicionado natural. Isso ocorre porque a radiação solar é bloqueada pelas copas das árvores, impedindo-a de aquecer o solo. Além disso, a presença de folhedo no chão do bosque também contribui para reduzir a temperatura. O estudo também destacou que as florestas urbanas têm a capacidade, semelhante às florestas distantes das cidades, de capturar gases do efeito estufa, além de fornecer sombra.
Os pesquisadores ficaram surpresos ao descobrir que mesmo uma floresta urbana, cercada por áreas urbanizadas e de tamanho reduzido, é capaz de estocar carbono e capturar gases, assim como as florestas intocadas no interior do país. Isso acontece porque os gases ficam presos no solo, nas folhas e nas árvores da floresta. A araucária, em particular, é a campeã na retenção de dióxido de carbono, armazenando 40% de todo o gás capturado pelo bosque.
Para aproveitar os benefícios das florestas urbanas para a redução de calor, os pesquisadores sugerem a implantação de corredores térmicos. Esses corredores seriam compostos por árvores conectadas aos bosques existentes, levando um alívio para os habitantes das cidades. Além disso, a conservação das áreas verdes existentes e a recuperação das áreas degradadas são fundamentais para ampliar a capacidade das cidades em se adaptar às mudanças climáticas e às ondas de calor.
