Funcionário da diplomacia russa no Brasil auxiliava espião preso, revela investigação exclusiva
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Funcionário da diplomacia russa no Brasil auxiliava espião preso, revela investigação exclusiva
O russo Sergey Cherkasov, preso há quase dois anos por uso de documentos brasileiros falsos e suspeito de espionagem, pode ser solto em breve. Investigação da Polícia Federal revela que ele recebia ajuda de um funcionário da diplomacia russa no Brasil. Sergey foi condenado a 15 anos e está preso há 20 meses. Autoridades americanas afirmam que ele passou anos no Brasil com um nome falso: Victor Muller Ferreira.
Em abril de 2022, Sergey conseguiu um estágio no Tribunal Internacional de Haia, na Holanda, mas foi devolvido ao Brasil após ser barrado pela imigração. Ele recebeu uma condenação de 15 anos por usos do passaporte brasileiro falsificado, mas agora, com a aplicação da tese do crime continuado, a pena foi reduzida para 5 anos, 2 meses e 15 dias.
Pela lei brasileira, ele poderá ser solto ao cumprir um sexto da pena, considerando a sentença reduzida. No entanto, sua liberdade está condicionada ao resultado das investigações da Polícia Federal. Sergey e o funcionário da diplomacia russa que o ajudava, Ivan Chetverikov, foram indiciados por lavagem de dinheiro e associação criminosa.
O russo pretende retornar à Rússia e assumir uma acusação de tráfico de drogas, mas sua decisão de voltar para um país onde enfrentaria uma pena pesada levanta questionamentos. A defesa alega que não há razão para Sergey continuar preso, especialmente em um presídio de segurança máxima em Brasília.
O Supremo Tribunal Federal aguarda parecer da Procuradoria-Geral da República antes de julgar o pedido da defesa. O consulado russo em São Paulo não respondeu aos contatos feitos sobre o caso.
Fonte: Podcast do Programa de Televisão.
