Governadores de SP, RJ e MG se encontram com Lula para fortalecer posição política e estratégia para as eleições municipais, visando isolamento de Bolsonaro
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Governadores de SP, RJ e MG se encontram com Lula para fortalecer posição política e estratégia para as eleições municipais, visando isolamento de Bolsonaro
O ex-presidente Lula está se encontrando com três políticos de oposição a ele, em busca de aumentar sua influência nas eleições municipais e reduzir o espaço político de Jair Bolsonaro. O último encontro acontecerá em Belo Horizonte, onde Lula estará ao lado do governador Romeu Zema, que é crítico de Lula e apoiou Bolsonaro nas eleições.
Lula também esteve no Rio de Janeiro, onde afirmou que pretende investir no estado para combater o crime organizado. Ele também teve agendas na Baixada Fluminense e na capital, ao lado do prefeito Eduardo Paes, que busca a reeleição com o apoio de Lula.
Em São Paulo, Lula anunciou investimentos em uma obra de infraestrutura ao lado do governador Tarcísio de Freitas, com o objetivo de beneficiar o estado. O movimento envolvendo os três governadores tem como objetivo isolar Bolsonaro e promover o debate político em um ambiente de “política normal”.
Lula venceu em Minas Gerais nas eleições de 2022 por uma margem apertada, e agora irá se encontrar com o governador Romeu Zema para abordar temas relacionados ao estado. Apesar das diferenças políticas, Zema defende o diálogo e recebe Lula de maneira positiva.
Nesta visita a Minas Gerais, Lula terá um evento com ministros para anunciar um novo modelo de concessão para rodovias e outras ações do governo federal no estado. O presidente planeja se encontrar com os governantes de todas as unidades da federação ainda no primeiro semestre deste ano.
Lula pretende percorrer o país para lançar obras do Novo PAC em todas as 27 unidades federativas. Os investimentos do PAC são vistos como uma forma de aproximação entre Lula e os governadores, que têm interesse nas obras para impulsionar suas popularidades e as eleições municipais, enquanto o governo federal busca recursos para o PAC em meio às disputas com o Congresso Nacional pelo controle do orçamento.
Ao se aproximar de políticos da oposição, Lula fortalece sua posição política e reduz sua dependência de figuras como Arthur Lira e o Centrão.
Um novo cenário político começa a se desenhar no Brasil, com potenciais alianças entre o ex-presidente Lula e governadores de diferentes partidos. Lula tem buscado se aproximar de políticos de centro, como o governador de Alagoas, Renan Filho, do MDB, e os governadores de Tocantins e Roraima, Carlesse e Antônio Denarium, ambos do PSL. Além disso, o ex-presidente também busca fortalecer relações com os governadores do Paraná e do Rio Grande do Sul, Ratinho Júnior e Eduardo Leite, do PSD e PSDB, respectivamente. Essas aproximações visam criar uma coalizão de apoio para uma possível candidatura de Lula à presidência em 2022.
Uma estratégia adotada pelo PT é focar nas eleições municipais de 2020, buscando polarizar o debate político e fortalecer a imagem de Lula em meio aos eleitores. Há também uma ênfase na divulgação das ações do governo, como a inauguração de obras do PAC, para melhorar a avaliação do governo e impulsionar as campanhas de candidatos aliados nas eleições.
Outro ponto importante é a possível movimentação do ex-presidente Bolsonaro, que, após um ano na defensiva, começa a fazer atos públicos pelo país. Essa movimentação pode influenciar o cenário político e trazer mais incertezas sobre as eleições de 2022.
Com o intuito de ampliar sua base política, Lula tem se aproximado de governadores de diferentes partidos, como Ratinho Júnior, do Paraná, do PSD. No final de janeiro, Lula e Ratinho participaram juntos da assinatura de concessão de rodovias do Paraná, fortalecendo a parceria entre o governo federal e o governo estadual.
