Há mais de uma semana, ainda se busca o helicóptero com 4 pessoas desaparecido em São Paulo
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Há mais de uma semana, ainda se busca o helicóptero com 4 pessoas desaparecido em São Paulo
No último dia do ano, uma aeronave saiu de São Paulo com destino a Ilhabela, porém, não chegou ao seu destino. Desde então, a Força Aérea Brasileira (FAB) está encarregada das buscas pelo helicóptero desaparecido.
Nesta primeira semana de buscas, foram realizadas cerca de 56 horas de busca, abrangendo uma área total de cinco mil quilômetros quadrados. No domingo, além da FAB, um helicóptero Águia também auxiliou nas buscas, com foco em Caraguatatuba, São Luiz do Paraitinga e Lagoinha.
A base operacional conta com uma unidade móvel equipada com monitores, rádios comunicadores, antena via satélite, além de drones com infravermelho e “super zoom”. As imagens capturadas são analisadas em tempo real por uma equipe especializada.
No sábado, um helicóptero H-60 Black Hawk e uma aeronave SC-105 Amazonas, ambos da FAB, foram envolvidos nas buscas, assim como dois helicópteros da Polícia Militar.
O helicóptero desaparecido é do modelo Robinson 44 e sua tripulação é composta por quatro pessoas. As buscas têm sido realizadas por um grupo de 15 tripulantes, que trabalham em turnos de nove horas diárias, sobre a região de Caraguatatuba.
Até o momento, não foram encontrados indícios do paradeiro da aeronave nem de seus ocupantes. A polícia informa que o helicóptero partiu do aeroporto de Campo de Marte, em São Paulo, no domingo à tarde, com destino a Ilhabela.
De acordo com informações recebidas, os ocupantes da aeronave são Luciana Rodzewics, de 45 anos, a filha dela, Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, de 20 anos, e o empresário Raphael Torres.
O helicóptero desaparecido possui o prefixo PRHDB, sua pintura é nas cores cinza e preto. Até o momento, não há maiores informações sobre o motivo do desaparecimento.
Um vídeo enviado por uma jovem para seu namorado mostra as condições climáticas ruins durante um voo em direção a Ilhabela, em São Paulo. Essa foi a última vez que Letícia deu notícias antes de desaparecer junto com o piloto e mais duas pessoas. O piloto, que teve sua licença cassada em 2021 por conduta grave de fraude, estava comandando o helicóptero no momento do desaparecimento. Mesmo após refazer os cursos necessários e obter uma nova licença, ele não possuía autorização para fazer voos remunerados.
O piloto de 44 anos, identificado como Cassiano Tete Teodoro, era uma das quatro pessoas que estavam a bordo do helicóptero que perdeu contato com a torre de controle e desapareceu. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que Cassiano tinha um histórico ruim e que sua licença foi cassada em setembro de 2021 devido a uma conduta grave de fraude.
A Anac relatou que Cassiano foi pego em flagrante em uma ação de fiscalização em 2019, quando jogou o helicóptero que comandava contra um servidor da Anac, resultando na cassação de sua habilitação para voar. A punição máxima foi aplicada e ele ficou sem histórico na aviação por dois anos.
Apesar da cassação, Cassiano refaz os cursos necessários, pede uma nova licença e a recebe após cumprir todos os protocolos exigidos pela Anac. No entanto, ele ainda não tinha autorização para realizar voos remunerados, o que caracterizaria um transporte aéreo clandestino (TACA).
