Influenciador piauiense suspeito de utilizar rifas como disfarce para atividades ilícitas, segundo autoridades policiais.

Compartilhe:
Influenciador piauiense suspeito de utilizar rifas como disfarce para atividades ilícitas, segundo autoridades policiais.
As rifas online estão se tornando cada vez mais populares, mas nem sempre são um negócio legítimo. Um caso recente no Brasil levantou suspeitas sobre uma rifa que movimentou milhões de reais em um curto período de tempo. Um jovem conhecido por vídeos radicais na internet começou a vender rifas baratas e alcançou uma fama repentina e uma fortuna considerável. No entanto, as autoridades investigam se há mais do que aparenta.
O delegado responsável pelo caso afirma que essa rifa em questão não segue os critérios e padrões de transparência que uma rifa legal deveria ter. Além disso, há suspeitas de que o valor arrecadado tenha sido usado para lavagem de dinheiro de uma facção criminosa que atua no tráfico de drogas.
O jovem em questão adquiriu uma casa luxuosa em um condomínio de alto padrão, avaliada em R$ 1 milhão, apenas alguns meses após iniciar suas atividades com as rifas. A polícia descobriu que ele pagou uma parte em dinheiro vivo e fez duas transferências bancárias no valor de R$ 300 mil cada. Essa aquisição tão rápida de bens levantou suspeitas sobre o verdadeiro alcance dessas rifas.
Um ganhador de uma das rifas foi entrevistado e relatou que o prêmio prometido não foi entregue como esperado. Em vez de receber seis motos, ele só recebeu uma moto e um valor em dinheiro. Essa prática de pagar prêmios menores do que os anunciados foi identificada como algo comum no esquema das rifas do jovem.
A investigação também descobriu que algumas pessoas apostavam quantias elevadas comprando milhares de números das rifas. Isso levanta a suspeita de que esses apostadores estavam ligados à facção criminosa e utilizavam as rifas como uma forma de “esquentar” dinheiro proveniente de atividades ilícitas.
O jovem responsável pelas rifas está preso e enfrenta acusações de prática de jogos de azar, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa. As penas máximas somadas podem chegar a 18 anos de prisão. Sua defesa nega qualquer envolvimento com facções criminosas e lavagem de dinheiro.
O Ministério Público do estado se opôs à prisão do jovem e afirma que ainda faltam provas concretas de sua participação em uma organização criminosa. Os advogados do suposto chefe da facção também negam qualquer envolvimento em relação à investigação do jovem e negam que ele faça parte de uma organização criminosa.