Notícias | Irmãos autistas relatam agressão e recusa de entrada em evento gratuito por seguranças; vídeo registrado.

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Irmãos autistas relatam agressão e recusa de entrada em evento gratuito por seguranças; vídeo registrado.


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Irmãos autistas relatam agressão e recusa de entrada em evento gratuito por seguranças; vídeo registrado.

No dia 6 de março, os irmãos Jéssica e Paulo Monte tentaram participar de um show gratuito em Olinda, conforme previsto em uma lei municipal. A legislação local garante que pessoas com Transtorno do Espectro Autista tenham acesso gratuito a eventos culturais em locais privados da cidade.

Apesar de apresentarem a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, foram impedidos de entrar no evento. Mesmo mostrando o laudo de comprovação do transtorno, não conseguiram acessar o festival. Posteriormente, quando autorizados a entrar, foram cercados por seguranças e agredidos, conforme registros em vídeos.

Paulo Monte explicou que eles chegaram ao evento por volta das 22h e seguiram para a portaria designada para pessoas com deficiência. Lá, apresentaram a documentação exigida, a Ciptea, que contém informações relevantes sobre a pessoa com TEA. De acordo com a lei municipal, ambos teriam direito a um acompanhante.

Os problemas surgiram quando um homem, supostamente advogado do evento, questionou a falta do acompanhante na Ciptea. Mesmo após apresentar a versão digital do laudo médico, o advogado solicitou o envio do documento ao seu WhatsApp pessoal, o que foi recusado por Paulo. Apesar de afirmarem que poderiam entrar, funcionários do evento bloquearam seu acesso sob a condição de apagarem vídeos anteriores.

Diante da situação, os irmãos procuraram a delegacia e denunciaram o ocorrido, que foi registrado pela Polícia Civil. A confusão envolvendo os seguranças e a discriminação enfrentada pelos irmãos são questões graves que repercutiram na comunidade local.

Um caso envolvendo lesão corporal foi relatado, no qual dois irmãos autistas foram impedidos de entrar em um show particular e agredidos pelos seguranças do evento. Um inquérito policial foi aberto para investigar o ocorrido.

Questionada sobre o assunto, a empresa responsável pela produção do festival afirmou que a situação está sendo investigada internamente, sem responder a perguntas específicas levantadas. Questões como o procedimento para acesso gratuito de pessoas com deficiência, a recusa de entrada com apresentação de documento oficial e a solicitação do advogado para encaminhar o laudo via WhatsApp pessoal permanecem sem respostas.

Por sua vez, a prefeitura de Olinda informou que a legislação que permite a entrada gratuita de indivíduos autistas em eventos privados prevê a utilização de laudo médico ou cartão específico. Destacou-se que, à época da promulgação da lei, a emissão da carteira adequada ainda não existia, mas outra legislação reconhece autistas como pessoas com deficiência. Além disso, foi mencionado o apoio disponível para famílias de pessoas com deficiência, com assistência jurídica nos órgãos competentes durante a semana.






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