Israel nega acusação de genocídio e acusa África do Sul de apoiar o Hamas
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Israel nega acusação de genocídio e acusa África do Sul de apoiar o Hamas
No primeiro dia de audiências, representantes sul-africanos acusaram Israel de ter intenções genocidas contra os palestinos em Gaza. Segundo a África do Sul, as declarações de autoridades israelenses, como o ministro da Defesa, sugerem essas intenções genocidas.
A ação da África do Sul alega que Israel está violando a convenção internacional contra o genocídio. Para caracterizar um crime de genocídio, é necessário cometer atos com a intenção de destruir total ou parcialmente um grupo nacional, étnico, racial ou religioso.
A África do Sul pediu à Corte a suspensão imediata de todas as operações militares israelenses em Gaza, mas o julgamento sobre se o que acontece em Gaza é considerado genocídio deve levar anos.
Se a principal corte da ONU decidir que Israel deve interromper sua ação militar, o caso pode ser levado ao Conselho de Segurança, onde os EUA têm poder de veto por serem aliados de Israel.
Israel irá se pronunciar na Corte sobre as acusações da África do Sul na sexta-feira. O governo israelense rejeitou as acusações de genocídio e acusou a África do Sul de apoiar o Hamas. O primeiro-ministro israelense argumentou que Israel está lutando contra terroristas e mentiras.
Em resposta, o primeiro-ministro lembrou dos crimes cometidos pelo Hamas e afirmou que a África do Sul está “representando monstros” ao acusar Israel. Benjamin Netanyahu também questionou a posição da África do Sul diante de outros conflitos e crimes em países como Síria e Iêmen.
O presidente Lula manifestou apoio à ação da África do Sul na Corte Internacional, enquanto a Embaixada de Israel em Brasília destacou que, segundo a definição da ONU para o termo genocídio, a intenção é fundamental e que Israel não tem a intenção de matar palestinos não envolvidos no conflito, apesar do uso de escudos humanos pelo Hamas.
