Maracatus de baque solto: A tradição rural ganha vida no Bairro do Recife com cores e brilho
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Maracatus de baque solto: A tradição rural ganha vida no Bairro do Recife com cores e brilho
O presidente do Leão Formoso de Tracunhaém, Lucivan Clementino, compartilhou sua realização com as apresentações do maracatu. Ele lidera o grupo há 25 anos, desde que herdou o comando do avô, e sempre enfrentou dificuldades financeiras. O maracatu de baque solto é uma expressão cultural proveniente da zona rural, e muitos dos membros do grupo trabalham com a cana-de-açúcar. Para participar do carnaval, eles contam com rifas e doações, já que cada fantasia de caboclo de lança custa em torno de R$ 1.800.
A rainha do maracatu Leão Vencedor, Maria Eduarda da Silva, que trabalha como babá, revelou que participa da agremiação desde a infância, pois foi fundada em 1931. Ela já brincou com diferentes personagens dentro do maracatu, como rainha, índia, baiana, caboclo de pena e princesa.
Embora seja tradicionalmente encontrado nas áreas rurais, também existem maracatus de baque solto em áreas urbanas, como o Cruzeiro do Forte, no bairro dos Torrões, no Recife. Lucas Bandeira, que trabalha como barbeiro, conheceu essa cultura através de seu irmão mais velho. Inicialmente, ele dançava como caboclo de lança, um personagem masculino clássico. Porém, devido à falta de voluntários, assumiu o papel de Caterina, normalmente desempenhado por uma mulher.
Lucas afirmou que eles estão ali para alegrar o público e que, apesar dos desafios, fazem o seu melhor para manter o maracatu. O desfile também contou com a participação da manicure Vanessa Medeiros, que começou no Piaba de Ouro, em Cidade Tabajara, Olinda, durante a infância, mas passou alguns anos afastada após se casar e ter filhos. Ela expressou sua felicidade e gratidão por estar de volta ao desfile.
