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Mediação brasileira ocorre entre Venezuela e Guiana para discutir impasse


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Mediação brasileira ocorre entre Venezuela e Guiana para discutir impasse

Uma reunião entre líderes da Venezuela e da Guiana está sendo mediada pelo Brasil para tentar resolver a disputa territorial pela região de Essequibo. A área, que é maior que a Inglaterra e o estado do Ceará, faz parte da Guiana, mas é reivindicada pela Venezuela. A crise se intensificou após a Venezuela aprovar a anexação de Essequibo em um referendo. Apesar de uma invasão ser improvável, houve aumento das tensões com a Venezuela lançando um novo mapa oficial do país incluindo Essequibo. Os EUA também estão envolvidos na questão, anunciando sobrevoos militares na região e estudando a criação de uma base militar em Essequibo.

O diálogo entre as partes só começou após o presidente da Venezuela conversar por telefone com o ex-presidente Lula, defendendo a necessidade de dialogar com a Guiana. Foi então marcada uma reunião entre os líderes da Venezuela e Guiana, com a mediação do Brasil. No entanto, o Brasil optou por enviar um assessor da Presidência para Assuntos Internacionais como observador. O presidente Lula também foi convidado para a reunião, mas não compareceu.

A disputa pelo território de Essequibo existe há mais de um século, e a região está sob controle da Guiana desde o fim do século 19. A Venezuela afirma ser a verdadeira proprietária de Essequibo, que representa 70% do território da Guiana e abriga cerca de 125 mil pessoas. A descoberta de petróleo na região em 2015 agravou a disputa.

A Guiana se tornou o país sul-americano que mais cresce nos últimos anos devido às suas reservas de petróleo, estimadas em 11 bilhões de barris. A maior parte dessas reservas está localizada em Essequibo, uma área marítima disputada entre Guiana e Venezuela. Ambos os países alegam ter direito a esse território com base em documentos internacionais.

A Guiana argumenta que possui o território de acordo com um laudo de 1899, feito em Paris, quando a Guiana era um território britânico. A Venezuela, por sua vez, aponta um acordo de 1966 com o Reino Unido, que anulou o laudo arbitral de 1899 e abriu caminho para uma solução negociada.

A Guiana solicitou ajuda da ONU e da Corte Internacional de Justiça para resolver a disputa. Recentemente, a Corte decidiu que a Venezuela não pode anexar Essequibo e que essa decisão também se aplica a um referendo realizado na Venezuela. A Guiana havia pedido à Corte uma medida de emergência para interromper a votação.

Apesar dessa decisão, o embate entre os países ainda pode levar anos para ser resolvido definitivamente. O governo venezuelano alega que essa questão é de natureza interna e viola a Constituição. A Venezuela realizou o referendo, com 96% dos votantes apoiando a anexação de Essequibo.

Devido à escalada da disputa, o Conselho de Segurança da ONU realizou uma reunião extraordinária para debater o assunto. Um texto de declaração do Conselho sobre a questão foi proposto pelo Equador e está em elaboração.






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