‘Moradores de Porto Alegre buscam abrigo em meio ao retorno da chuva no Rio Grande do Sul’
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‘Moradores de Porto Alegre buscam abrigo em meio ao retorno da chuva no Rio Grande do Sul’
Uma igreja evangélica na zona norte de Porto Alegre se transformou em abrigo para 66 pessoas e diversos cães devido às enchentes na região. Esse local já acolheu cerca de 110 desabrigados e disponibiliza refeições, banho quente, assistência médica e psicológica. Muitas pessoas procuram a igreja para se abrigar temporariamente, porém, infelizmente, o abrigo atingiu a capacidade máxima.
O ambiente da igreja, com três andares, foi adaptado para receber os desabrigados, com salões funcionando como quartos temporários. Além disso, os cães alojados têm seus próprios espaços, com potes de ração e avisos para evitar que fujam. Uma das alojadas, Roselaine da Silva, relata a dificuldade em deixar seus gatos presos no telhado de sua casa alagada, especialmente o álbum de figurinhas da Copa do Mundo de seu filho autista, que foi perdido nas enchentes.
O pastor responsável pelo projeto, Dari Pereira, está buscando ampliar a capacidade do abrigo e coordenando os voluntários. A estrutura da igreja está sendo reorganizada para acomodar mais pessoas e ele também recebe doações, as quais são distribuídas entre os desabrigados. Dari faz parte de uma rede de 24 igrejas evangélicas em Porto Alegre que juntas abrigam 1.600 pessoas e contam com centros de doações.
Para o pastor, é fundamental manter os animais de estimação junto às famílias desabrigadas, pois isso contribui para a recuperação psicológica de todos. A igreja se empenha em não separar as pessoas de seus animais, reconhecendo a importância desse vínculo nas crises como essa das enchentes.
Recentemente, um abrigo de animais precisou ser desocupado devido a questões de saúde pública. Felizmente, uma escola local cedeu espaço para a construção de novos abrigos temporários, como um canil e um gatil, garantindo o bem-estar dos animais.
Em meio às preocupações com as enchentes em Porto Alegre, um pastor responsável pelo abrigo expressou sua apreensão, mas também sua determinação em enfrentar a situação de forma prolongada, se necessário.
A população pode contribuir para o projeto de ajuda aos desabrigados por meio de doações para a Igreja Aliança Cristã – POA, utilizando a chave Pix disponibilizada.
Com alertas de mau tempo emitidos pelas autoridades locais, a região Rio Grande do Sul enfrentou condições climáticas adversas, com previsão de chuvas intensas e possíveis desastres naturais.
O impacto das enchentes se fez sentir em comunidades urbanas, levando a situações de falta de luz, água potável, comunicação e segurança, resultando em ações de resgate e solidariedade por parte de vizinhos e voluntários.
Em um condomínio afetado, onde moradores foram resgatados devido à enchente, a água atingiu níveis preocupantes, obrigando muitos a deixarem suas casas e contarem com assistência humanitária para enfrentar a crise.
Um prédio sem luz e câmeras de segurança, com água subindo além da cerca de proteção, torna-se alvo de assaltantes. O condomínio está localizado próximo do Ministério Público, Tribunal de Justiça e unidades da Brigada Militar. A fisioterapeuta do local descreve a importância de ajudar os vizinhos em meio às dificuldades.
Outro relato envolve uma mulher que escapou de um incêndio e buscou abrigo com sua filha em um prédio do bairro Floresta, sendo novamente desalojada devido às inundações. Estudos previam possíveis níveis de cheias no local, porém, a situação se intensificou além do esperado, impactando diversos bairros populosos da região.
O desligamento inesperado de uma casa de bombas de drenagem contribuiu para o agravamento da situação, resultando no despejo de água nas ruas. O incidente, relacionado ao sistema elétrico abastecido pela concessionária de energia, pegou a população desprevenida e dificultou as evacuações, deixando a região no escuro.
Comentaristas locais expressam surpresa e insatisfação com a falta de ações mais eficazes para conter inundações, incluindo a altura insuficiente das casas de bombas. O avanço da água em locais estratégicos da região gera preocupações relacionadas ao tempo necessário para que a situação volte ao normal, em comparação com eventos anteriores.
Uma área metropolitana foi drasticamente afetada por inundações que se estenderam por grandes distâncias além das imagens registradas por satélites. Parte da população em regiões sem alagamentos ficou sem água e luz devido ao isolamento causado pelo bloqueio de vias próximas. Na capital, mais de 85% dos bairros estavam sem água devido ao desligamento das estações de tratamento de água do Departamento Municipal de Águas e Esgotos (Dmae), afetando áreas de maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e população mais idosa.
Em alguns condomínios, moradores têm recorrido à água das piscinas para higiene, pois as caixas d’água deixaram de ser abastecidas pelo sistema municipal. A demanda por caminhões-pipa aumentou no final de semana, levando as empresas do setor a não conseguirem atender todos os chamados. Apagões são frequentes na região, afetando um número indeterminado de bairros e trazendo dificuldades para idosos e crianças em andares altos.
A situação é agravada pelo risco de proliferação de doenças como leptospirose e dengue devido ao calor, água parada e lama. A chegada de uma frente fria no sul do Estado pode trazer temperaturas baixas que, somadas às condições insalubres, representam mais um desafio para as pessoas isoladas e em abrigos que tentam escapar dos impactos negativos das enchentes.
