Mulheres relatam agressão por parte dos seguranças em camarote durante as prévias carnavalescas de João Pessoa.
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Mulheres relatam agressão por parte dos seguranças em camarote durante as prévias carnavalescas de João Pessoa.
Uma mulher de 25 anos relatou que foi agredida por seguranças durante um evento de pré-carnaval em João Pessoa. A vítima, juntamente com sua esposa, primo e cunhada, foram barrados na saída do camarote e, após tentarem sair, foram empurradas e agredidas pelos seguranças.
No relato, a mulher mencionou que reagiu à agressão dos seguranças e, como resultado, ela, sua esposa e seu primo foram agredidos com murros e empurrões. A cunhada não foi agredida porque começou a chorar durante o tumulto. Após as agressões, a vítima procurou os responsáveis do camarote para tentar identificar os seguranças envolvidos, mas foi desencorajada a prosseguir com a denúncia.
Diante da falta de apoio da organização do evento, a mulher e sua esposa registraram um Boletim de Ocorrência na 10ª Delegacia Distrital e solicitaram um exame de corpo de delito. Elas ainda aguardam o resultado do exame. A vítima se sentiu vulnerável com a situação e alegou ter sofrido coação por parte dos organizadores da festa para não dar continuidade à queixa.
Por outro lado, um dos seguranças terceirizados envolvidos no incidente registrou um Boletim de Ocorrência alegando ter sofrido atos de racismo por parte do grupo que denunciou as agressões. O caso está em fase de investigação pela 10ª Delegacia Distrital de Tambaú.
Um segurança, identificado como Marcos Antônio da Silva, alega que uma mulher o insultou com termos racistas durante um incidente em um camarote. Por outro lado, um sócio da empresa responsável pelo camarote apresentou outra versão dos eventos. De acordo com ele, a confusão começou quando a mulher desrespeitou as orientações de sair do local quando os trios elétricos passassem.
O sócio explicou que o camarote tem o direito de limitar o acesso do público por questões de segurança, e que avisaram os clientes sobre isso. Segundo sua versão, a mulher se revoltou com o bloqueio na entrada do camarote durante a passagem de um trio, chegando a confrontar os seguranças e proferir ofensas racistas.
Diante das acusações de agressão por parte do segurança e do suposto racismo, a organização responsável pelo camarote tomou medidas, rompendo o contrato com a empresa de segurança terceirizada envolvida e pedindo pela apuração dos fatos e punição dos responsáveis.
Em relação à acusação de racismo, a mulher em questão negou veementemente as alegações, classificando o boletim de ocorrência como uma tentativa de manipulação da situação. Ela afirmou que nunca cometeria tal ato, ressaltando sua própria identidade racial e a de seus familiares como provas da improcedência das acusações.
O caso ainda não foi encaminhado para análise ao delegado titular da Delegacia Especializada de Crimes Homofóbicos, Raciais e de Intolerância Religiosa de João Pessoa. O delegado explicou que, em casos denunciados durante plantões policiais, a análise e as providências cabíveis podem levar alguns dias para serem efetuadas pelos delegados especializados.
