Negociações fracassam entre empresas e governo do Ceará sobre usina ameaçadora à internet, resultando no encerramento do grupo.
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Negociações fracassam entre empresas e governo do Ceará sobre usina ameaçadora à internet, resultando no encerramento do grupo.
O encerramento de um grupo de trabalho, formado por empresas de telecomunicações e a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), gerou preocupações sobre possíveis danos aos cabos submarinos que transmitem a internet para o Brasil. As empresas temem que a construção de uma usina no fundo do mar em Fortaleza possa romper os cabos e causar um “apagão digital”.
A Cagece nega os riscos e afirma ter feito alterações no projeto para garantir a segurança dos cabos submarinos. O objetivo do grupo de trabalho era chegar a um acordo que conciliasse as preocupações das empresas de telecomunicações com a construção da usina, que visa aumentar o fornecimento de água potável para a capital cearense.
No entanto, o grupo foi encerrado devido ao “desinteresse na continuidade dos trabalhos por parte das empresas de telecomunicações”. Agora, as associações aguardam o posicionamento técnico oficial da Anatel para decidir os próximos passos.
A Anatel está estudando as alterações feitas no projeto da usina pela Cagece e é responsável por regular o setor de telecomunicações no Brasil. As obras da usina serão realizadas por meio de uma parceria público-privada com o consórcio Águas de Fortaleza, com previsão de início em março de 2024 e conclusão no primeiro semestre de 2026.
A cidade de Fortaleza é um ponto central dos cabos submarinos que conectam o Brasil à Europa, garantindo o abastecimento de internet rápida para o resto do país. Um rompimento desses cabos levaria a um apagão digital, deixando o país sem conexão ou com uma internet muito lenta.
A versão inicial do projeto da usina posicionava tubulações a 40 metros dos cabos submarinos, mas a distância foi alterada para 567 metros após pedido da Anatel. Com essa mudança, a Cagece afirma que a usina não apresenta riscos ao funcionamento dos cabos.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) expressou sua oposição à instalação de uma usina na Praia do Futuro, em Fortaleza. A agência foi notificada sobre a alteração no projeto e está analisando os ajustes para determinar se há viabilidade de convivência entre os dois projetos.
O atual governador do Ceará, Elmano de Freitas, mostrou apoio à instalação da usina em Fortaleza, mas está disposto a considerar um novo local caso a Anatel confirme os riscos de rompimento dos cabos submarinos na Praia do Futuro.
O projeto da usina em questão tem causado preocupação, pois há a possibilidade de que a sua implementação na praia de Fortaleza resulte em problemas de conexão à internet em todo o Brasil.
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