Novos incidentes de contrabando de animais selvagens no cenário global reforçam a preocupação com a fauna brasileira; confira os registros recentes.
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Novos incidentes de contrabando de animais selvagens no cenário global reforçam a preocupação com a fauna brasileira; confira os registros recentes.
No ano passado, sinais preocupantes de tráfico de animais foram identificados na Floresta Fluminense, reativando um problema que parecia ter sido resolvido. Descobriu-se armadilhas para micos, evidenciando o retorno do tráfico internacional de animais. O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, expressou surpresa com essa recorrência, ressaltando a gravidade do problema.
Um caso recente envolvendo Araras de Lear da Caatinga da Bahia e micos-leões-dourados do Rio de Janeiro chamou a atenção. O resgate desses animais em condições precárias, cobertos de óleo de motor e confinados em gaiolas apertadas, ocorreu em uma embarcação ilegal no oeste da África. Graças à cooperação internacional entre o Ibama, Polícia Federal e outras instituições, os animais foram repatriados para o Brasil.
As araras foram encaminhadas para um centro do Ministério da Agricultura no litoral sul paulista, enquanto os micos-leões-dourados foram levados para viveiros no Rio de Janeiro. Infelizmente, os micos oriundos do Suriname possuem mínimas chances de retornar à natureza e estão sendo reabilitados no Zoológico de Guarulhos, na Grande São Paulo. As araras, por sua vez, estão em uma fazenda em Minas Gerais.
O tráfico de animais silvestres envolve grupos criminosos com funções específicas, desde captura até transporte e falsificação de documentos. Casos de apreensão, como de ovos em bolsas térmicas de passageiros oriundos de Taiwan com destino a Hong Kong, ilustram a complexidade e a recorrência desse crime. A legislação brasileira prevê multa para quem pratica caça ou retirada ilegal de animais silvestres.
Apesar da falta de números consolidados, relatórios indicam que mais de 140 mil animais e quase 900 ovos foram apreendidos no Brasil entre 2018 e 2022. Juliana Machado Ferreira, diretora da Freeland Brasil, alerta para os riscos associados ao tráfico de fauna, que vão desde a extinção de espécies até a propagação de doenças.
