O desafio da conservação de espécies da caatinga em Alagoas instiga pesquisadores
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O desafio da conservação de espécies da caatinga em Alagoas instiga pesquisadores
A caatinga, bioma característico do nordeste brasileiro, está sofrendo com a perda de habitat e a ameaça de extinção de diversas espécies animais e vegetais. Segundo especialistas, apenas seis milhões de hectares desse bioma ainda restam, o que corresponde a aproximadamente uma vez e meia o tamanho da Suíça.
As reservas particulares do patrimônio natural têm se tornado os últimos refúgios para algumas espécies ameaçadas de extinção na caatinga. Organizações, universidades e profissionais da área estão realizando estudos nesses locais para entender e preservar as plantas e animais em risco.
Para os animais debilitados, há um tratamento e reabilitação com o objetivo de devolvê-los ao ambiente natural. Porém, a população da caatinga ainda enfrenta desafios, como a perda de habitat, fragmentação e caça ilegal.
As câmeras de monitoramento têm sido importantes aliadas dos pesquisadores para identificar e acompanhar as espécies. Um exemplo disso foi o flagrante de uma jaguatirica, um dos animais mais raros da região, realizado por meio de equipamentos de monitoramento.
O macaco-prego galego, que não era visto desde o século XVIII, reapareceu na mata atlântica e na caatinga em 2016. No entanto, mesmo com esse reaparecimento, a espécie ainda corre risco de extinção devido à caça, destruição do habitat e fragmentação do ambiente.
Os pesquisadores enfatizam a importância da colaboração dos proprietários de terra na preservação das áreas nativas da caatinga. Criar áreas intactas dentro das propriedades é fundamental para possibilitar o retorno dos animais que estão em vias de extinção.
Um exemplo de agricultor que está contribuindo para a preservação da caatinga é José dos Santos Anjos. Depois de 32 anos praticando caça, ele decidiu parar e passou a se dedicar à preservação da natureza. Para ele, essa é a chave para um futuro sustentável.