Organização Human Rights Watch questiona declarações de Lula sobre conflitos internacionais e destaca lacunas na abordagem da violência policial no Brasil
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Organização Human Rights Watch questiona declarações de Lula sobre conflitos internacionais e destaca lacunas na abordagem da violência policial no Brasil
Um novo relatório da Human Rights Watch (HRW) aponta que o Brasil está enfrentando um “problema crônico” de violência policial, que afeta de forma desproporcional as pessoas negras. A organização criticou o governo Lula por não adotar medidas efetivas para combater essa prática, ressaltando que o governo federal tem autoridade para coordenar os esforços de estados e municípios e desenvolver políticas públicas nacionais.
O relatório da HRW destaca lacunas significativas nas investigações de casos de violência policial, como a falta ou inadequação de exames periciais. Movimentos negros têm protestado contra a violência policial em São Paulo, pedindo justiça pelos assassinatos de líderes de quilombos.
O diretor da HRW, César Muñoz, avaliou que o presidente Lula apresentou inconsistências em relação aos direitos humanos durante seu primeiro ano de governo. A organização afirmou que cabe ao governo federal garantir que os recursos federais destinados à segurança pública estejam vinculados à redução de mortes causadas pela polícia. A HRW também ressaltou a importância de uma coordenação estreita com a Procuradoria-Geral da República para melhorar o controle externo da polícia e garantir investigações sobre abusos policiais lideradas por promotores de todo o país.
O relatório da HRW também critica a política externa brasileira em relação aos direitos humanos, mencionando a falta de apoio do Brasil nas denúncias de crimes contra a humanidade na China. Além disso, a organização destaca a demora do governo federal em reinstalar a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos.
Apesar das críticas, a HRW reconhece alguns avanços do governo Lula na proteção da Amazônia, dos direitos das mulheres e na redução de emissões de gases de efeito estufa. No entanto, a organização expressa preocupação com os planos de aumentar significativamente a produção de petróleo e gás na próxima década.
