Os efeitos do “Plano Motosserra” de Milei na economia argentina: streaming, pão, gasolina e passagens de ônibus mais caros.
Compartilhe:
Os efeitos do “Plano Motosserra” de Milei na economia argentina: streaming, pão, gasolina e passagens de ônibus mais caros.
Recentemente, o governo argentino anunciou uma série de medidas econômicas que têm gerado preocupações e incertezas para a população. Uma das principais medidas é a desvalorização da moeda local, o peso, em mais de 50%. Isso resultará em um aumento ainda maior na inflação, que já estava próxima de 150% acumulado em 2023.
Com essa desvalorização, espera-se um aumento nos preços de produtos essenciais, como pão, gasolina e até mesmo serviços de streaming, como a Netflix. Estima-se que nos próximos dias, os preços dos produtos básicos subam 98,7%, enquanto o valor do combustível deve aumentar pelo menos 37%. Além disso, ainda não há clareza se haverá recomposição salarial para diversas categorias profissionais.
Embora essas medidas sejam consideradas necessárias para reparar a economia argentina, muitas pessoas estão preocupadas com o impacto que isso terá em suas vidas. Algumas acreditam que poderia ter havido outras formas de resolver o problema sem afetar tão drasticamente a maioria da população que trabalha e estuda.
O plano do governo também inclui cortes nos subsídios, o que resultará em aumento nas contas de energia elétrica, gás e nos custos de transporte público. Essas mudanças preocupam os argentinos, que veem uma escalada nos preços e uma falta de recomposição salarial. Muitos já estão fazendo estoques de produtos, o que pode piorar a situação inflacionária.
Diante das incertezas e insegurança causadas por essas medidas, especialistas e professores de economia alertam para os impactos reais que essa situação trará. Além disso, a parcela mais pobre da população será a mais afetada, já que 44,7% dos argentinos viviam na pobreza no terceiro trimestre de 2023.
Embora haja reajustes para beneficiários de programas sociais, isso atinge apenas uma parte da população. A população argentina está preocupada com os aumentos nos custos de vida e teme pelas consequências dessas decisões econômicas. Resta esperar para ver como o país lidará com essa situação e como as pessoas conseguirão se adaptar a essa nova realidade econômica.
Obras públicas sempre foram alvo de corrupção do estado, mas agora na Argentina isso vai mudar. O setor privado assumirá a responsabilidade pela realização das obras de infraestrutura, uma vez que o governo não tem recursos para executá-las. Isso garantirá maior eficiência e transparência no processo.
Para reduzir gastos, o governo também está diminuindo subsídios à energia e transporte. Embora isso possa resultar em aumento nas contas de luz, gás e tarifas de trens e ônibus em Buenos Aires, é uma medida necessária para acabar com a distorção dos preços e a inflação.
Outra medida adotada é a redução das transferências às províncias, uma prática que antes era usada para favorecer interesses políticos. Isso garantirá uma distribuição mais justa dos recursos.
O governo decidiu suspender a publicidade institucional por um ano, pois não há dinheiro para sustentar os meios de comunicação que apenas exaltam as ações do governo em exercício.
Na área de empregos públicos, contratos de trabalho com menos de um ano não serão renovados, como forma de combater a prática de inserir familiares e amigos em cargos públicos antes de uma troca de governo. Essa medida busca garantir maior profissionalismo e evitar o nepotismo.
O governo também está cortando a estrutura governamental, reduzindo o número de secretarias e ministérios. Isso resultará em menos cargos comissionados e uma administração mais enxuta e eficiente.
Na área social, o governo vai priorizar projetos que não exigem intermediários, fortalecendo programas sociais direcionados às pessoas que mais necessitam de auxílio. Isso garantirá um melhor atendimento às camadas mais vulneráveis da população.
Para promover transparência no processo de importações, o governo substituirá o sistema atual por um que não exigirá licenças prévias. Isso significa que qualquer pessoa poderá importar, sem favorecimentos ou burocracias desnecessárias.
Essas são algumas das medidas adotadas pelo governo argentino para combater a corrupção, reduzir gastos e promover uma administração mais eficiente. Com todas essas ações, o governo espera garantir um futuro melhor para o país e enfrentar os desafios que virão.