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Oxfam sugerirá em Davos a definição de objetivos para uma redução acelerada e significativa da desigualdade


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Oxfam sugerirá em Davos a definição de objetivos para uma redução acelerada e significativa da desigualdade

O Fórum Econômico Mundial está acontecendo em Davos, Suíça, de 15 a 19 de janeiro. Um relatório divulgado pela entidade apoia a proposta do economista Joseph Stiglitz de reduzir a desigualdade para que os 40% mais pobres tenham uma renda similar aos 10% mais ricos. A Oxfam destaca que o G20 e a reforma da Cúpula do Futuro da ONU desempenham um papel fundamental na busca por igualdade global entre países e dentro deles.

O relatório da Oxfam revela que a riqueza dos cinco homens mais ricos do mundo aumentou 114% desde 2020. Ele também indica que o mundo pode ter seu primeiro trilionário nos próximos 10 anos, enquanto a erradicação da pobreza pode levar mais de dois séculos. Além disso, mostra que as 148 maiores empresas do mundo lucraram US$ 1,8 trilhão, 52% a mais do que a média dos últimos três anos, enquanto muitas pessoas tiveram cortes em seus salários.

No Brasil, quatro dos cinco bilionários mais ricos tiveram um aumento de 51% em sua riqueza desde 2020, enquanto 129 milhões de brasileiros ficaram mais pobres. A desigualdade racial também é um problema no país, já que, em média, o rendimento das pessoas negras é mais de 70% inferior ao das pessoas brancas.

Segundo a Oxfam, a desigualdade global poderia diminuir em 21,5% se o montante gasto pelas empresas em dividendos e recompras de ações fosse redistribuído para os 40% mais pobres. Metade desse valor poderia acabar com a pobreza global. A entidade destaca a “imensa concentração do poder” das grandes empresas e monopólios como um fator que contribui para a desigualdade.

A Oxfam ressalta que sete em cada dez das maiores empresas do mundo têm bilionários como dirigentes ou principais acionistas. Ela enfatiza a necessidade de os governos redistribuírem o poder das grandes empresas e dos bilionários para as pessoas comuns, a fim de combater a extrema desigualdade. A diretora executiva da Oxfam Brasil também destaca a importância de enfrentar as desigualdades raciais e de gênero para construir um país mais justo.

O relatório da Oxfam foi divulgado em meio ao Fórum Econômico Mundial como uma chamada para ação na luta contra a desigualdade e a busca por um mundo mais igualitário.

De acordo com um artigo recente, durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, foram apresentadas uma série de recomendações para enfrentar as desigualdades sociais e econômicas globais. Entre as principais sugestões, está a revitalização do Estado, com foco na garantia de serviços públicos que reduzam a desigualdade, como saúde, educação, assistência e segurança alimentar. Além disso, é sugerido investir em infraestruturas públicas, como transporte, energia e habitação, bem como melhorar a supervisão das instituições estatais e reforçar a capacidade reguladora.

Outra recomendação importante é a necessidade de controlar o poder corporativo, rompendo monopólios privados e restringindo o poder das grandes empresas. É destacada a importância de “empoderar” trabalhadores e comunidades, democratizar as regras de comércio e patentes e fortalecer as leis de justiça racial e de gênero. Também é sugerido que impostos sejam criados para os super-ricos e empresas, com objetivo de implementar uma tributação abrangente e permanente dos mais ricos em todos os países, aumentar impostos sobre dividendos e ganhos de capital e avançar para uma tributação mais eficaz das grandes empresas.

A criação e promoção de uma nova geração de empresas também é mencionada como forma de reinventar os negócios. Nesse sentido, destaca-se a importância de empresas que não priorizem apenas os acionistas, como cooperativas locais e de trabalhadores, empreendimentos sociais e empresas de comércio justo. Também é sugerido que apoio financeiro seja fornecido a essas empresas por meio de tributos e outras medidas econômicas, como as compras públicas.

Essas recomendações buscam abordar as desigualdades e promover uma distribuição mais justa de recursos e oportunidades. Acredita-se que sua implementação possa contribuir para a diminuição das disparidades sociais e econômicas, criando um ambiente mais equitativo e sustentável.






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