Pinhão não pode ser colhido ou comercializado no Rio Grande do Sul antes de 1º de abril devido à ameaça de extinção: saiba mais.
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Pinhão não pode ser colhido ou comercializado no Rio Grande do Sul antes de 1º de abril devido à ameaça de extinção: saiba mais.
Neste período do ano, as araucárias estão começando a produzir os primeiros pinhões. No entanto, no Rio Grande do Sul, um dos principais estados produtores do Brasil, as sementes estão protegidas por lei. A partir de 1º de abril, é permitida a compra e o consumo do pinhão de acordo com a lei nº 15.915, que regula a colheita, transporte, comercialização e armazenamento das sementes.
O adiamento da colheita tem como objetivo preservar a semente para benefício do habitat, dos animais que se alimentam dela, e para a própria árvore. A legislação estipula multa de até R$ 1 mil para quem desrespeitar as normas. O pinhão, proveniente de plantas coníferas como as araucárias e pinheiros, se desenvolve dentro das pinhas, os órgãos reprodutores das gimnospermas.
O processo de maturação do pinhão pode levar até três anos, e a bióloga Liziane Crippa explica a importância de iniciar a colheita apenas em abril. A coleta antecipada prejudica os animais que dependem da semente e pode causar danos às árvores, facilitando contaminações por fungos.
A bióloga ressalta que a preservação das araucárias é ameaçada pela colheita precoce do pinhão, contribuindo para a inclusão da árvore na lista de espécies criticamente ameaçadas. A saúde das florestas naturais que abrigam essas populações também é afetada pelas mudanças climáticas, tornando-as mais vulneráveis.
Não é recomendado coletar as pinhas que caem no chão antes do período estipulado, pois essas sementes são benéficas para o habitat e importantes para a sobrevivência de várias espécies de aves e mamíferos. A prática da coleta antecipada pode prejudicar o desenvolvimento desses animais.
Antes de 1º de abril, embora seja possível comer pinhão, não é permitido comercializá-lo ou coletá-lo. Antes da maturação adequada, os pinhões ainda estão verdes, têm sabor adstringente e não são próprios para consumo humano, perdendo valor nutricional e sabor agradável.
