Notícias | PM do interior de SP morre após receber injeção para alívio de dor: Revelações do caso

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PM do interior de SP morre após receber injeção para alívio de dor: Revelações do caso


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PM do interior de SP morre após receber injeção para alívio de dor: Revelações do caso

Um policial militar de 35 anos morreu após receber uma injeção de medicação intravenosa na casa de uma técnica de enfermagem em Taquaritinga, SP. O policial, identificado como Edno Ferreira Ventura Júnior, sofria de dores crônicas devido a um acidente de carro e usava morfina para aliviar o desconforto. Ele contratava a técnica de enfermagem para realizar as aplicações e, segundo relatos de familiares, as aplicações eram frequentes.

De acordo com o boletim de ocorrência, o policial estava sentado perto de uma mesa com um torniquete no braço quando a técnica de enfermagem se aproximou e fez a injeção intravenosa. Logo em seguida, ele começou a passar mal e desmaiou. Ele foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento, mas faleceu.

A técnica de enfermagem, identificada como Tatiani Cristina Gonçalves, foi levada à delegacia logo após a morte do policial. Ela afirmou que aquela era a primeira vez que aplicava medicação no policial e que ele chegou com a seringa já pronta. No entanto, a polícia encontrou ampolas de cloridrato de tramadol e frascos de soro fisiológico na casa da profissional, que foram desviados da Santa Casa de Taquaritinga, onde ela trabalhava.

O cloridrato de tramadol é um analgésico potente usado para tratar dores moderadas a graves. É um medicamento de uso controlado e só pode ser vendido com prescrição médica.

As suspeitas sobre a técnica de enfermagem são de que ela tinha conhecimento dos riscos de aplicar a medicação por via intravenosa sem prescrição médica, especialmente em sua casa, longe de um ambiente de saúde adequado. Além disso, a origem ilícita do medicamento encontrado reforça as suspeitas contra ela.

Um caso de desvio no local de trabalho levou à abertura de um inquérito policial e à apreensão de celulares e computadores de uma enfermeira em Taquaritinga, SP. A polícia também recolheu o telefone de um policial militar envolvido no caso. O delegado responsável aguarda laudos do Instituto Médico Legal para esclarecer a morte de Edno Júnior, enquanto testemunhas serão ouvidas nos próximos dias.

O Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo confirmou que a enfermeira possui registro ativo e que não há restrições quanto a ela prestar atendimento em sua própria casa. O órgão abriu uma sindicância para investigar o caso, e caso sejam constatadas infrações éticas, a enfermeira pode receber penalidades como advertência, multa, censura, suspensão temporária ou até cassação do exercício profissional.

A Santa Casa de Taquaritinga também iniciou uma sindicância interna para apurar o caso. O Ministério Público está acompanhando as investigações e recorreu da decisão de liberdade provisória da enfermeira, pois foram apreendidas ampolas de medicamentos que pertenciam à instituição. O Ministério Público suspeita que outros pacientes possam ter sido afetados pelo possível desvio de medicamentos.






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