Polícia Federal irá investigar possível ligação entre a venda de refinaria da Petrobras em 2021 e presentes de joias recebidos por Bolsonaro durante viagem à Arábia Saudita.
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Polícia Federal irá investigar possível ligação entre a venda de refinaria da Petrobras em 2021 e presentes de joias recebidos por Bolsonaro durante viagem à Arábia Saudita.
Recentemente, a Petrobras vendeu um polo de refino na Bahia para um grupo de investimentos estrangeiro por US$ 1,8 bilhão, em meio a críticas sobre a avaliação do valor de mercado da refinaria afetado pela pandemia. A empresa compradora assumiu a gestão do local, que passou a se chamar Refinaria de Mataripe, enquanto a estatal postergou a venda de outras refinarias devido ao cenário econômico.
A Controladoria-Geral da União divulgou um relatório apontando que a Petrobras não conduziu a venda de forma apropriada, o que poderia gerar impactos financeiros negativos. A investigação também inclui casos de tentativa de entrada no país sem declarar um kit de joias avaliadas em milhões de reais dadas ao governo brasileiro em uma viagem oficial.
O relatório da CGU destacou que a pandemia afetou o mercado e que a Petrobras concordou com o impacto, mas não explicou a diferença na venda da Refinaria Landulpho Alves, também conhecida como RLAM. A falta de transparência nos valores negociados pela estatal gera questionamentos sobre a legalidade do processo de venda.
Essas questões ainda estão sob investigação, e apesar das tentativas de contato com a Petrobras e com o ex-presidente Jair Bolsonaro, não houve retorno. O governo brasileiro enfrenta acusações de tentar ocultar o valor das joias recebidas sem declaração na Receita Federal, em um episódio que se soma às polêmicas em torno da venda da refinaria na Bahia.