Promotora de Milei pede o apoio das mães e adverte que o subsídio familiar argentino será cortado para aqueles que obstruírem vias em manifestações marcadas para quarta-feira
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Promotora de Milei pede o apoio das mães e adverte que o subsídio familiar argentino será cortado para aqueles que obstruírem vias em manifestações marcadas para quarta-feira
O político argentino Milei prometeu cortar programas sociais de manifestantes que bloqueiam ruas durante protestos, afirmando “quem corta, não recebe”. Essa medida vai de encontro ao lema “viva a liberdade, caralho” também utilizado por Milei. A secretária Pettovello, em um vídeo divulgado nas redes sociais do governo, defendeu o direito de protestar, mas ressaltou a importância de garantir a livre circulação das pessoas pelo território argentino para irem ao trabalho. Ela anunciou que aqueles que promoverem, instigarem, organizarem ou participarem de piquetes perderão o diálogo com o Ministério do Capital Humano. Além disso, uma auditoria será realizada nos beneficiários de programas sociais para eliminar a intermediação e impedir que lideranças de movimentos sociais cadastrem usuários nos programas.
A secretária também informou que os certificados de presença em manifestações serão eliminados, impedindo que os responsáveis pelas organizações saibam quem participou das marchas. Em resposta ao plano econômico anunciado por Luis Caputo, ministro da Economia de Milei, a Unidad Piquetera e o Polo Obrero convocaram protestos para quarta-feira. Esses protestos são muito comuns na Argentina, servindo como forma de indicar ao governo o reflexo de suas políticas na sociedade. Apenas em novembro de 2023, ocorreram 568 bloqueios em todo o país. O principal grupo envolvido é o Polo Obrero, que organiza manifestações em todo o país. Eles consideram as medidas do governo Milei de limitar as manifestações como inconstitucionais.
O governo afirmou que as forças federais e o serviço penitenciário federal irão intervir em bloqueios e piquetes, de acordo com os códigos processuais vigentes. O protocolo determina que as autoridades atuarão para liberar todas as ruas e pontes bloqueadas durante os protestos, utilizando a força mínima necessária. Os responsáveis pelos bloqueios serão identificados, assim como seus cúmplices e instigadores. As organizações sociais responsáveis pelos protestos terão que arcar com os custos das operações de segurança, e danos ambientais resultantes das ações serão notificados a um juiz competente. Além disso, a participação de crianças e adolescentes resultará na notificação das autoridades e os acompanhantes dos menores de idade serão penalizados. Manifestantes estrangeiros com residência provisória também serão identificados e suas informações serão enviadas para a Direção Nacional.
O governo da Argentina está implementando uma nova medida em relação à imigração no país. As organizações que participarem com frequência na organização de piquetes serão registradas em uma lista pelo governo.