Quatro vereadores desistem de apoiar CPI contra padre Júlio após se sentirem traídos, afirma Thammy Miranda
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Quatro vereadores desistem de apoiar CPI contra padre Júlio após se sentirem traídos, afirma Thammy Miranda
Vereadores de São Paulo se sentiram enganados e traídos por um colega parlamentar que teria direcionado uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para atacar um padre que atua com pessoas em situação de vulnerabilidade na Cracolândia. Os vereadores afirmaram que assinaram o pedido pensando que investigariam apenas ONGs irregulares, sem mencionar o nome do padre. Sentindo-se manipulados, eles retiraram seu apoio à CPI e repudiaram a politização do assunto.
O vereador Thammy Miranda, filho da cantora Gretchen, expressou sua indignação, ressaltando a importância do trabalho do padre Júlio e acusando o colega vereador de usar sua imagem para angariar apoio nas redes sociais. Ele anunciou que acionará a Casa para retirar seu apoio ao projeto.
O vereador Xexéu Tripoli, líder da bancada de defesa dos animais, também manifestou repúdio ao ataque contra o padre Júlio e pediu oficialmente à Câmara para retirar seu apoio ao pedido de CPI. Ele ressaltou que o proponente inicialmente alegava investigar apenas ONGs irregulares, sem mencionar o nome do padre.
Da mesma forma, o vereador Sidney Cruz afirmou que assinou o pedido acreditando tratar-se de uma investigação séria contra ONGs clandestinas e não tinha conhecimento do direcionamento para atacar o trabalho do padre Júlio. Ele já protocolou oficialmente na Câmara o pedido de retirada de apoio à CPI.
Em suma, os vereadores se sentiram enganados ao perceberem que o pedido de CPI foi manipulado para atacar o padre Júlio, que é reconhecido por seu trabalho com pessoas em situação de vulnerabilidade na Cracolândia. Eles manifestaram seu repúdio ao uso político do assunto e retiraram seu apoio à CPI.
No cenário político da cidade, as declarações de vereadores têm gerado polêmica. A vereadora Sandra Tadeu, do partido União Brasil, afirmou que não vai votar favoravelmente aos projetos de uma colega de trabalho da Zona Leste. Já o vereador Rubinho Nunes, também da União Brasil, foi questionado sobre as declarações dos colegas e respondeu através de uma nota, mencionando que respeita as opiniões, mas acredita que a pressão política pela mídia e militância de esquerda influencia nas decisões.
Nunes também protocolou um pedido de CPI para investigar ONGs e entidades que fazem trabalho social na região da Cracolândia em São Paulo. Nas redes sociais, ele afirmou que usaria a CPI para investigar mais a fundo o trabalho de uma pessoa específica.
Em relação a isso, a Arquidiocese de SP defendeu o trabalho realizado pelo Padre Júlio Lancellotti, que atua há décadas com a população em situação de rua. Através de sua função na Pastoral do Povo da Rua, Padre Júlio coordena diversos serviços pastorais voltados para o acolhimento e atendimento aos mais necessitados. A Arquidiocese reiterou a importância de continuar realizando ações de misericórdia em favor dos mais pobres e vulneráveis da sociedade.
