Rebeldes pró-Hamas forçam desvio de navios no Mar Vermelho, ameaçando economia global
Compartilhe:
Rebeldes pró-Hamas forçam desvio de navios no Mar Vermelho, ameaçando economia global
O Canal de Suez é uma via marítima essencial que conecta a Ásia e a Europa, garantindo o fluxo de suprimentos pelo mundo. No entanto, recentemente, rebeldes houthis, que apoiam o Hamas na guerra contra Israel, têm atacado navios cargueiros que passam pelo Mar Vermelho em direção ao canal.
O Iêmen está envolvido em uma guerra civil há anos, com grupos apoiados pela Arábia Saudita e pelo Irã. Os houthis, apoiados pelo Irã, têm como alvo navios que passam pelo Mar Vermelho, uma importante rota comercial por onde cerca de 10% dos bens do mundo são transportados.
Os ataques recentes deixaram empresas de navegação e petróleo preocupadas, levando a mudanças de rotas e possíveis atrasos e aumentos de preços. A BP, por exemplo, decidiu temporariamente interromper o trânsito pelo Mar Vermelho, incluindo envios de petróleo e gás natural liquefeito.
O Canal de Suez, inaugurado em 1869, é uma via importante que encurta em 9 mil quilômetros a rota dos navios. No entanto, uma interrupção nessa passagem teria um grande impacto econômico.
Diante dos ataques, os Estados Unidos estão considerando enviar militares para responder aos houthis e garantir a liberdade de navegação para todos os países. Enquanto isso, as empresas de navegação estão tomando precauções e evitando a região do Mar Vermelho.
Uma série de ataques recentes levou empresas de transporte marítimo a suspenderem a passagem pelo Mar Vermelho ou redirecionarem suas rotas. Grandes companhias como MSC, Maersk, Grupo CMA CGM e Hapag-Lloyd estão sendo afetadas. Com isso, todo o serviço de transporte deve precisar mudar de trajeto. Alguns navios terão que contornar o Cabo da Boa Esperança, no sul da África, o que pode aumentar o tempo de viagem em mais de uma semana.
De acordo com analistas consultados pela Associated Press, essa mudança de rota pode gerar custos maiores para as empresas, que podem decidir colocar mais navios em circulação para compensar o tempo extra ou optar por ir mais rápido queimando mais combustível. No entanto, espera-se que o aumento de preços não seja tão significativo como o ocorrido durante a pandemia.
Segundo informações divulgadas pelo general Yahya Saree, porta-voz do grupo houthi, os ataques foram contra navios como o Swan Atlantic, de bandeira das Ilhas Cayman, que levava produtos químicos e petróleo, e o MSC CLARA, de bandeira do Panamá. Outros navios também afirmaram terem sido alvos de ataques.
A Operadora dinamarquesa Uni-Tankers relatou que o navio Swan Atlantic, que transportava óleos vegetais para um território francês no Oceano Índico, foi atingido por um objeto que causou um pequeno incêndio. Felizmente, o fogo foi controlado, e o navio recebeu auxílio militar para prosseguir com sua jornada.
