Remunerações elevadas na área de tecnologia se aplicam apenas a trabalhadores como Pessoa Jurídica? Contratos versáteis são motivadores, mas a Consolidação das Leis Trabalhistas não fica para trás.
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Remunerações elevadas na área de tecnologia se aplicam apenas a trabalhadores como Pessoa Jurídica? Contratos versáteis são motivadores, mas a Consolidação das Leis Trabalhistas não fica para trás.
Um estudo recente revelou salários acima de R$ 20 mil em várias posições de destaque, chegando a R$ 51,6 mil para diretores de tecnologia experientes. No entanto, surgiram questionamentos sobre se esses altos salários são aplicáveis apenas a profissionais contratados como Pessoa Jurídica (PJ) ou se também são possíveis para aqueles com contrato de trabalho formal, conhecido como Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Especialistas afirmam que, embora seja famoso por oferecer salários mais altos, o modelo de contratação PJ nem sempre é vantajoso e que é sim possível atingir esse nível de remuneração sendo um funcionário CLT. No contrato CLT, o funcionário é registrado pela empresa e tem garantidos benefícios como férias, 13º salário, FGTS e INSS. Por outro lado, no contrato PJ, que é um acordo entre empresas, o trabalhador não tem tais direitos e precisa arcar com seus próprios benefícios.
Apesar dessa diferença, ambos os modelos de contrato podem oferecer salários atrativos, dependendo do tamanho e da complexidade da empresa e da posição ocupada. Profissionais mais experientes que trabalham com dados, inteligência artificial e programação, por exemplo, podem receber altos salários tanto no modelo PJ quanto no modelo CLT.
Existem vantagens em ser PJ, como a possibilidade de administrar múltiplos projetos e obter melhores salários, mas a estabilidade oferecida pela CLT também é um fator a ser considerado. Alguns profissionais relatam que, em momentos de queda no mercado, ter um emprego CLT pode oferecer mais segurança financeira. No entanto, há empresas que contratam funcionários CLT e oferecem salários elevados, chegando a valores como R$ 30 mil ou R$ 40 mil, dependendo da função exercida.
Para obter salários altos em ambos os modelos de contratação, é fundamental investir em capacitação e desenvolvimento contínuo. Além do conhecimento técnico, é importante ter fluência em inglês e habilidades de relacionamento interpessoal. Aqueles que trabalham como PJ devem se manter atualizados constantemente, pois a estabilidade nesse modelo está diretamente ligada ao conhecimento adquirido. Estudos frequentes são ainda mais relevantes para garantir sucesso nesse tipo de contrato.
Em resumo, é possível alcançar remunerações altas tanto como PJ quanto como CLT, mas é preciso buscar qualificação e desenvolvimento constante. Ambos os modelos têm suas vantagens e desvantagens, e a escolha vai depender das preferências e objetivos de cada profissional.
O mercado de trabalho está passando por transformações, e uma delas é a crescente utilização do contrato PJ (Pessoa Jurídica) em vez do contrato CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Segundo o advogado Denison Leandro, essa modalidade pode ser interessante para determinadas faixas salariais, desde que o trabalhador receba um valor alto o suficiente para compensar os benefícios que ele deixa de receber como CLT.
No entanto, para que o contrato PJ seja vantajoso, é fundamental que a empresa realmente trate o trabalhador como pessoa jurídica, sem exigir subordinação, como cumprir horários fixos ou participar de reuniões. O advogado ressalta que, caso a empresa trate o PJ como um empregado regular, o trabalhador pode entrar com uma ação trabalhista e reivindicar os direitos de um CLT não registrado.
De acordo com Joel Nunes Carrel, da Randstad Brasil, uma dica para os profissionais que estão ingressando na área de tecnologia é começar com um contrato CLT e, posteriormente, explorar opções de contrato PJ quando alcançarem um nível sênior. O modelo CLT permite a troca de conhecimentos com colegas, trabalhar com profissionais mais experientes e proporciona uma estrutura mais sólida, principalmente em grandes empresas.
No mercado atual, as empresas tradicionais tendem a optar pelo contrato CLT, principalmente para incluir as pessoas em sua folha de pagamento. Por outro lado, as empresas menores, como startups, são as que mais contratam no modelo PJ. Isso ocorre porque, na fase inicial, com o valor de mercado de um CLT, elas conseguem contratar dois PJs, o que acelera seu crescimento.
Um exemplo desse cenário é Rafael Arruda, que contratou profissionais no modelo PJ para sua consultoria recém-criada. Ele acredita que contratar CLT seria difícil, pois seria complicado demitir um funcionário estável de outra empresa. No entanto, ao optar pelo PJ, os consultores podem atuar em projetos temporários e em diferentes empresas, o que ajudou a alavancar o negócio de Rafael.
É importante ressaltar que quando a empresa começa a crescer e ter mais colaboradores, ter todos como PJ pode representar um risco. Nesses casos, é recomendado que a empresa tenha um olhar mais atento e contrate PJs de forma estratégica.
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